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Todos os lisboetas conhecem este edifício "em-recuperação-obra-a-obra-Lisboa-melhora", na Duque de Loulé. Durante meses foi uma azáfama: destelhá-lo, demolir a bonita casa contígua para permitir a construção de um silo para automóveis, cavar até "ao osso" das fundações, etc, etc. Subitamente, os trabalhos pararam. Evacuaram os operários, retiraram-se as máquinas e por lá apenas ficou um enorme guindaste Liebherr. Pelo que se diz nestas redondezas, a interrupção da obra deve-se à falta de crédito bancário. A excelente desculpa do momento que atravessamos. Inicialmente acreditei, mas desde logo observei um aspecto nada negligenciável. Os fulanos retiraram o telhado e o edifício ficou à mercê das intempéries. Faça sol ou frio, caia chuva ou não, está fadado à usura dos meses que impiedosamente vão passando. A Câmara Municipal da tripla Costa & Salgado, BES Lda., tinha permitido a recuperação do edifício, mantendo a divisão interior. O prédio é um belo exemplar e foi um dos mais luxuosos do seu tempo.
Agora, observem a segunda foto. Reparem na falta de protecção do telhado, nas janelas abertas. A CML não obriga o dono da obra/edifício a proteger a integridade do mesmo? Sabem o que sucederá? Devido ao "perigo de ruína", dentro de um ano a CML permitirá a demolição do imóvel, mantendo apenas a fachada. Por mais benevolente que queira ser, duvido muito de esta não ser mais uma das tais situações cuidadosamente planeadas pelos bombardeiros municipais. Uma desgraça, ao que chegámos!