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Spínola na II Guerra Mundial

por Nuno Castelo-Branco, em 28.08.12

Acompanhado por outros oficiais portugueses e alemães, António de Spínola visita a frente de Leninegrado em 1941. Spínola é o oficial agasalhado por um sobretudo e de bivaque escuro na cabeça, em último plano na foto, à esquerda. O grupo observa um tanque russo do modelo KV-1, destruído ou capturado. Ou andamos muito enganados, ou foi por esta altura que A.S. de Spínola terá adoptado a moda do monóculo., aquele adereço que lhe daria a alcunha de o Caco.  Com tudo o que dele politicamente se possa dizer, foi um militar como poucos, estando presente nas frentes de combate onde serviu como Comandante-em-chefe e sempre sem se recusar  à tradicional postura castrense. Tal como os seus homólogos Guderian, Patton e Rommel, deve ter entendido que a guerra também se fazia no campo mediático. Quantos é que hoje em dia se lhe poderão comparar? Duas ou três fotos elucidam-nos acerca das diferenças. 

 

"Sobre o General Spínola, escreveu Chauvel no semanário Paris-Match, quase um mês depois da emboscada:

Monóculo no olho, apoiando-se no seu pingalim, este oficial parece surgir de um filme dos anos 30. Não é o Pierre Renoir de 'La Bandera', nem o Von Stroheim de 'La Grande Illusion'. O general português Spínola faz verdadeiramente a guerra. Na Guiné. Imagem soberba e irrisória: um pequeno país que possuía, há quatrocentos anos, um império imenso, sobre o qual o sol nunca se escondia, esgota-se hoje no último combate colonial do século.

Entre a Gâmbia e a Guiné de Sékou Touré, a Guiné Portuguesa conta com um punhado de colonos, face a meio milhão de autóctones, num território do tamanho de um departamento francês. De há oito anos a esta parte está transformado num campo de batalha. A guerrilha dos rebeldes, armados pela China e muito organizados – revistas, instrução política, jornais de propaganda – absorve cada vez mais as tropas portuguesas.
Lançados num país muito quente, com uma vegetação muito densa, vigiados pelo inferno das emboscadas, os camponeses de Beja, os pescadores da Nazaré ou os estudantes de Coimbra cuidam da sua elegância, a exemplo do seu comandante-em-chefe: “Mais vale ir para o céu com um uniforme como deve ser”. 

publicado às 12:52


1 comentário

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De José a 29.08.2012 às 13:04


Brinquemos um pouco: a inspiração deverá vir-lhe mais daqui - http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bundesarchiv_Bild_146-1987-121-30A,_Hugo_Sperrle.jpg (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bundesarchiv_Bild_146-1987-121-30A,_Hugo_Sperrle.jpg)

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