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Ainda por cá flana um perigoso vaudevilleiro, criatura de várias cabeças e dentro de cada uma delas, a mesma ambição de tons rosados e à beira rio. Nos últimos tempos anda uma fera, vislumbrando a manjedoura por um canudo, pois a outrora dinástica instituição onde se refastelou, não lhe basta para docemente esgravatar a sarna até ao fim dos seus dias. Diz o que bem lhe apetece, é parte integrante do camorrismo em que isto há muito se transformou, estando ao televisivo nível de uma Júlia Pinheiro de calças e gravata. Existe a certeza de todos sabermos não fazer parte integrante do tal "mexilhão" a quem dominicalmente dirige as charlas e bem pelo contrário, tem sido um guloso comensal sempre de martelinho abre-cascas em riste. Do futebol à moda, da festinha de aldeia à pilha de livros que nunca leu e comenta em duas frases, não vai distância alguma. É aquilo a que se chama de irresponsável. Em todos os sentidos do termo. No fundo, não critica ou rejeita as fórmulas encontradas, mas apenas o modus operandi das mesmas. Um cata-vento.
Ora, isto não significa andarmos todos masoquistamente encantados com o constante esmifrar atribiliariamente decidido pelo poder do Estado. Do Estado, sublinhe-se. Poder do Estado que esmalta impostos, esquematiza mais taxas, corta nos parcos proventos do supracitado "mexilhão". O mesmíssimo Estado que tudo quer e de nada prescinde.
Já sem muita paciência, aguardamos as urgentes medidas que Pedro Passos Coelho tarda em anunciar. Essas mesmo que compreendem as PPP, as fundações, gabinetes de estudos de e para comparsas, cartões de crédito e ajudas de custo em benefício da nomenklatura, motoristas, viaturas, telemóveis, assessorias ad-hoc, escusadas rendas de prédios onde funcionam serviços públicos, reforma autárquica e do Parlamento - que co-responsabilize o PS, ficando todos cientes da sinceridade dos discursos de ocasião -, radical limitação sumptuária da Belém presente e passada, dos seus palatinos 500 assistentes, etc. Além disto, o primeiro-ministro deverá moderar alguns dos ímpetos de colaboradores que sem cessar demonstram a sua escandalosa imcompetência. Faça-o agora, o tempo urge.