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Um rebelde é um homem que diz não

por Samuel de Paiva Pires, em 14.09.12

 

(imagem daqui)

 

Mais por temperamento que por outra coisa, não sou um adepto de manifestações. Mas cheguei a uma altura em que, perante as medidas recentemente anunciadas por Passos Coelho e Vítor Gaspar, tenho que aproveitar as oportunidades possíveis de fazer sentir ao governo o descontentamento com medidas que são extremamente injustas. E há alturas em que a palavra escrita não chega.

 

Ainda que não concorde com o mote principal da manifestação marcada para o próximo Sábado - "Que se lixe a troika"-, considero que dado que este não terá efeito, já que a inevitabilidade de cumprirmos o Memorando de Entendimento é isso mesmo, uma inevitabilidade, e que dados os acontecimentos recentes, a manifestação será integrada por pessoas de todo o espectro ideológico-partidário que querem demonstrar o seu desacordo com o governo, é um imperativo moral marcar presença.

 

Como muitos estarão recordados, defendi o pedido de ajuda externa. Não sou contra a troika e não sou contra a austeridade per se. Sou, isso sim, contra certas medidas que obstinadamente o governo quer impor, medidas que são penalizadoras para todos os portugueses, em especial para os que mais dificuldades passam. Sou contra a austeridade que significa apenas aumentos de impostos, deixando em grande medida o memorando de entendimento por cumprir no que diz respeito à redução da despesa. Sou contra a austeridade quando esta viola um princípio básico do liberalismo e da dignidade humana, a propriedade dos indivíduos sobre os frutos do seu próprio trabalho, que este governo insiste em expropriar e dispor a seu bel-prazer.

 

Os acontecimentos recentes colocam o governo à beira de uma quebra de legitimidade, revelando ainda uma perda de noção relativamente ao conceito de justiça. É por isso que é chegada a altura de engrossar fileiras integradas até por aqueles de quem discordo ideologicamente. Há um solo comum onde os homens revoltados ainda se podem encontrar e dialogar, procurando o sentido de justiça na polis, solo este que extravasa os redis ideológicos.

 

Por tudo isto, eu, monárquico, liberal com laivos de conservadorismo, militante da JP/CDS, marcarei presença na manifestação do próximo Sábado. Porque como assinalou Camus, a revolta surge do espectáculo do irracional a par com uma condição injusta e incompreensível. Um rebelde é um homem que diz não. E já chega do processo de Gasparização em curso.

publicado às 01:50


19 comentários

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De Anónimo a 14.09.2012 às 01:57

Parabéns pela sua postura e inteligência.
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De Insider da manifestação Anti Troika a 14.09.2012 às 02:07

a manifestação (https://www.facebook.com/events/402643499798144/?ref=ts) será integrada por pessoas de todo o espectro ideológico-partidário que querem demonstrar o seu desacordo com o governo, é um imperativo moral marcar presença.


A organização parece ser de gente muito próxima do bloco de esquerda, a avaliar pela lista de organizadores indicada no Facebook da organização.

http://www.facebook.com/events/402643499798144/


Este organizador da manifestação é uma figura relativamente conhecida, de seu nome Nuno Chullage.

http://1.bp.blogspot.com/-d4fWSW_VWHI/TwyAcgv3OYI/AAAAAAAABnY/cojPgeWwECM/s1600/Chullage+.jpg

http://5dias.net/2012/09/12/chullage-que-se-lixe-a-troika/

Esta entrevista espantosa fala por si, no que diz respeito ao que defende o Chullage, que, além de organizador de manifestações de indignados, também é activista da SOS RACISMO:

http://www.h2tuga.net/hiphop/hiphop-na-imprensa/artigos-em-geral/1965-reportagem-com-chullage.html

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De Samuel de Paiva Pires a 14.09.2012 às 02:09

Acha mesmo que me está a dar uma novidade? 
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De Insider da manifestação Anti Troika a 14.09.2012 às 02:26

Concluo portanto que os "monárquicos, liberais com laivos de conservadorismo, militantes da JP/CDS", o máximo que são capazes de fazer, em termos de acção de rua contestatária do rumo do governo....é ir ás manifestações que o BE entenda convocar!
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De Insider da manifestação Anti Troika a 14.09.2012 às 02:28

Olhe que o nosso colega comentador jojoratazana, e o resto da sua tropa, não precisam de se andar a pendurar nas manifestações do BE, se quiserem saír à rua para contestar o rumo do governo!
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De jojoratazana a 14.09.2012 às 15:36

Como o compreendo meu amigo, a angustia de deixar de viver do erário publico.
Grita assim por causa do medo, que o estado cleptócratico termine, pode ter a certeza que acaba.
Os meus sentimentos, já está morto e ainda não deu por isso.
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De Insider da manifestação Anti Troika a 14.09.2012 às 02:31

Esta é a direitinha que temos....só saem à rua se for à boleia do Tio Louçã! Caso contrário, se o Louçã não se chegar à frente para organizar alguma coisa, ficam no sofá da sala a ver a Gabriela!
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De Insider da manifestação Anti Troika a 14.09.2012 às 02:13

Comissão organizadora:

http://www.facebook.com/events/402643499798144/408046349257859/?notif_t=plan_mall_activity
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De Duarte Meira a 14.09.2012 às 11:14

Eu, monárquico, liberal e conservador fui, em Março do ano passado a uma manifestação de “indignados”: encontrei um festival de canções e fui em passeata festiva de pessoas afáveis e cordatas que, chegadas ao Rossio e encontrando a rua do Ouro barrada por quatro ou cinco polícias, se contiveram e ficaram por ali apertadas, logo depois calmamente dispersando e regressando a casa. Não prosseguiram, portanto, sequer até ao Terreiro do Paço, centro tradicional da burocracia político-administrativa que tem minado e destruído a nossa Pátria. No dia seguinte, tudo continuava na mesma. Como essencialmente tem estado, desde 25 de Novembro de 1975 e, especialmente, desde a fatídica data de 1 de Janeiro de 1986.


No próximo fim de semana será o mesmo, com mais ou menos berros.


Meu caro Samuel, faça o que em consciência muito bem entender, mas fique muito ciente de que esse género de “formas de luta” é coisa dum passado que já passou. Tais coisas não embaraçam minimamente os gestores de um Sistema que os ultrapassa, – um sistema que ultrapassa a mera “política” e “economia” -, e servem de facto apenas (tirando o desabafo momentâneo dos manifestantes) para os serviços de segurança e informações colherem mais dados para arquivo, testagem, monitorização e controlo (para o efeito podem ensaiar-se até algumas pequenas escaramuças).


É curioso que venha falar em Camus. Tal Sistema, que se está armando em torno de nós – e DENTRO de nós -, tem realmente mais a ver com metafísica existencial do que com os problemas que normalmente preocupam os normais cidadãos das normais manifestações políticas. Mas essas circunstâncias normais passaram e já foram ultrapassadas.


Mas, seguramente, pode o Samuel contar comigo para, com mais algumas poucas centenas de patriotas, nos manisfestarmos na rua pela abolição dum certo artigo dum papel a que chamam  “Constituição” e por um referendo a favor da Monarquia!

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De Samuel de Paiva Pires a 14.09.2012 às 11:17

Eu concordo com o Duarte, no que diz respeito aos considerandos sobre os efeitos práticos de manifestações. Mas, como também refere, estou a fazer aquilo a que a minha consciência me impele. É que, e voltando à questão do refundar, é como José Adelino Maltez escreveu no Facebook: "Toda a energia gerada pela versão gasparista do passismo, ao semear, inorganicamente, esta formidável coligação negativa, deve passar do mero protesto do bota-abaixo, para a esperança de uma forte inclusão nacional, por um acordo de mínimos éticos visando a sobrevivência da nossa vontade de vivermos em comunidade política autónoma, com sentido de justiça. O novo contrato social já esteve mais longe."
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De André Luso a 14.09.2012 às 11:55

Queria muito ir á manifestação até porque seria a primeira a que iria em 37 anos de vida. Mas não vou, ainda há rumo para escolher até ao OE estar aprovado e não é com mais ou menos gente na rua que isso se pode alterar. A minha mulher vai e fico triste porque não tive argumentos suficientes para a demover, desta vez, simplemente não tive, não há argumentação possivel....mas não irei, a esta não, ainda não. Tenho esperança que o CDS consiga pressionar sufecientemente o governo a alterar as medidas e enquanto esse passo não for tentado não vou. As possiveis alternativas não são melhores para o meu filho, podem até ser para mim, mas para ele não vão ser de certeza. Não vou, mas desta vez não me orgulho de não ir.....irei passear com o meu filho pois é por ele que não vou. Qualquer alternativa (das possiveis) ao que temos será má demais para sequer fazer o exercicio de a imaginar.

PS - Parabéns pelo blog e pelas opiniões fiquei cliente!
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De Isabel Metello a 14.09.2012 às 16:28


Eu, que nem sou de direita nem de esquerda, não por querer estar bem com Deus e a coisa má, muito pelo contrário- para estar de Bem com o Altíssimo- subscrevo inteiramente o que diz o Duarte Meira, acrescentando que não me uno às forças obscuras que estão nos bastidores na promoção de mais uma "procissão laica"! Valia mais fazerem uma vigília pela noitinha, ajudando os sem-abrigo que vão encontrando na rua ou levando bens alimentares a Pessoas Carenciadas ou até juntarem-se todos para reconstruir prédios devolutos a necessitar de obras estruturais ou investirem em fábricas a fechar  (isso sim :) (a) daria tecto a muitas pessoas que perderam as suas casas, tendo estado a pagá-las durante anos aos bancos que, na altura, prometiam o céu na terra e, agora, actualizam o seu inverso, destruindo Vidas Inocentes! ; (b) ajudaria a pôr Lisboa mais bonita, beneficiando o comércio tradiciional e o sector turístico (que nos é basilar!:); (c) criar-se-iam mais postos de trabalho.
O Ministro da Economia tb deu uma achega bem propositada :) será que tantos líderes da oposição não poderiam contribuir com os seus pecúlios (alguns  tão chorudos!!!:) para a criação de novos empregos???!!!! Por exemplo, o Partido Comunista poderia investir o dízimo de tantos militantes (seria interessante saber quais os montantes bancários que acumulam!; alguns membros do PS poderiam vender as suas vivendas de luxo e fundações e tal reverter em prol dos mais frágeis :)

Se for para restaurar contem comigo, para passear prefiro não estar no meio de multidões aos berros!Image
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De Gonçalo a 14.09.2012 às 18:09

Não percebo o seu comentário. 

Diz que é contra a austeridade per si. Antes tinha dito que dera o seu acordo à ajuda externa.

Duas perguntas, o que é austeridade per si? E Acha que a ajuda externa teria anexada qualquer coisa diferente de austeridade?

Quem o lê parece que o governo acordou de manhã e decidiu fazer o que fez. Parece que o governo não foi pressionado pela troika.

Já agora ue alternativas propõe, que não impliquem mais dinheiro e que não "viol[e] um princípio básico do liberalismo e da dignidade humana, a propriedade dos indivíduos sobre os frutos do seu próprio trabalho, que este governo insiste em expropriar e dispor a seu bel-prazer." 

Se quer sair de casa, sentir-se rebelde, e ir a uma manifestação vá.

Mas por favor não dê justificações irracionais.


 
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De Nuno Castelo-Branco a 14.09.2012 às 18:21

Será desagradável para alguns, mas parece-me que esta manifestação se destina antes de tudo, como um recurso para tentar fazer regressar os do "antes do ano passado" ao poder. É nítido e bem pode Louçã - como se lê acima - qerer fazer crer que quem lá irá é "gente sua". Não é, nem as suas residuais hostes poderiam ter qualquer tipo de pretensões. Aliás, todos dirão o mesmo, desde o sr. Vasco Lourenço - o eterno candidato a general Tapioca -, até ao ex-jotinha, o agora crescido e indignado consigo mesmo Seguro. A verdade é que dentro do sistema vigente, as escolhas são estreitíssimas e se o governo tem cometido erros crassos, tal se deve à total ausência do sentido da política  de que padece a maioria dos componentes do executivo. Sem coordenação ou conhecimento do passado que é sempre o melhor professor, têm vivido para o imediato - este imediato são os próximos vinte anos, entenda-se - e não se vislumbra qualquer mudança no caminho infaustamente tomado quando da ilusória "adesão à Europa" a que afinal, sempre, sempre pertencemos.
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De Nuno Castelo-Branco a 14.09.2012 às 18:24

Esta manifestação apenas serve para destruir a maioria votada no ano passado e ou muito me engano, jamais se verificou em Portugal, a queda de um poder eleito mas pressionado por correrias ruas abaixo. Se tal acontecesse, apenas confirmaria a bem viva e conhecida suspeita que grassa além-fronteiras, aquela velha pecha colada à reputação dos portugueses que "não conseguem viver em democracia" e por isso mesmo, são "indignos das instituições dos povos civilizados". Vejam o caso espanhol, um país plurinacional, mas onde os governos cumprem integralmente as suas legislaturas. Não existem Sampaios, Soares ou Cavacos que valham à  instauração da instabilidade. 

Neste momento deviamos estar a discutir a queda do  actual sistema, sem que isso signifique uma ditadura de antigo recorte, mas sim, uma outra democracia. Se a convocatória se colocasse nestes termos, iria a todas as manifestações . Neste caso presente, parece-me apenas um favor feito a quem trouxe Portugal à ruína: Cavaco Silva, Barroso, Guterres, Mário Soares, Sócrates, os "empresários privados" à cata de dinheiro público - ou melhor, dos contribuintes -, os sempiternos peralvilhos uniformizados à espreita  de uma oportunidade e outros tantos. Teremos indignados de computador debaixo do sovaco e desejosos de "mudanças" que continuem a garantir o reluzente cartão do crédito capitalista que jamais regressará nos moldes em que até há pouco existiu. 


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De Nuno Castelo-Branco a 14.09.2012 às 18:35

Pretende-se outro regime, outro Portugal. 
Um Parlamento diferente, eleito de forma mais directa e responsável, mais coeso e quiçá diminuto no número de deputados. Pretende-se uma Câmara Alta apenas parcialmente eleita e que contando com aquilo a que sempre se denominou de forças vivas da sociedade, seja uma fera fiscalizadora do dinheiro disponibilizado pelos portugueses. Pretende-se uma total reorganização do mapa local que nestes dias de ira e de conveniências dos potentados locais, ainda obedece à medida do tempo de viagem de há mais de um século. Pretende-se uma política externa que reencaminhe Portugal para o espaço ultramarino que lhe é natural e que sempre lhe garantiu a sobrevivência soberana. Pretende-se um regime que reavalie e valorize a nossa posição central num mundo onde o Atlântico ainda será o grande determinante estratégico no seculo XXI (perdoem-me os entusiastas de um Pacífico cheio de tensões irremediáveis). Pretende-se um Portugal onde a educação da História tenha como princípio basilar, garantir o porvir do legado de um passado sem dúvida turtuoso e difícil, mas nem por isso menos glorioso e que foi capaz de fazer chegar a nação ao nono século da sua existência soberana. Pretende-se a total libertação da Chefia do Estado, há demasiado tempo entregue  a entidades provisórias que apenas sevem interesses imediatos e descaradamente prejudiciais ao país.

Podia continuar, estes são alguns pontos que considero essenciais e completamente avessos a uma manifestação de uma imensa maioria de pessoas muito justamente descontentes, mas sem qualquer projecto alternativo. A imensa maioria apenas irá prestar um inestimável serviço mediático a quem tem livremente explorado o país, pertençam estes últimos a que partidos pertencerem. Na realidade, é o status quo do regime caduco que mobiliza e para tal concede um espantoso tempo de antena à convocatória. Têm dúvidas? façam o zapping para a frenética SIC, apavorada com o seu ainda hipotético futuro próximo. No balanço final, decerto observaremos a continuação do despótico poder de uma certa gente que garantirá os fartos proventos privados de sempre. 
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De Lateiros de Abril a 14.09.2012 às 19:03

Associações de militares (todas elas de cariz fortemente esquerdista/25 abrilista) vão juntar-se aos manifestantes:

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/oficiais-das-forcas-armadas-apoiam-protestos-de-caracter-civico
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De Hemorróidas vermelhas a 14.09.2012 às 19:19

ai-ai-aiiiii que nos tiram as gamelas! vamos fazer outro 25 de Abril e ficamos felizes como os angolanos! 

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