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Não chegaram ao ponto de anunciar a adesão ao passeio de amanhã, mas pouco faltou para seguirem a tirada populisto-cavaqueira de Manuela Ferreira Leite, por estas últimas horas vista como uma espécie de reedição da Padeira de Aljubarrota, desta vez calçada de Bally e vestida de tailleur aparentemente Dior. Não. O patronato português, limitou-se a fazer aquilo em que se tornou especialista: o choradinho.
De A a Z, longamente carpe a de facto gravosa "medida TSU". Há uns anos, tal coisa serviria para mais um Porsche destinado a flanar a vaidade do próprio e o amealhar de mais uns tostões reservados à oferta de um jipão Made in Japan à esposa de mão direita, assim como um confortável Polo cabriolet à putativa cônjuge de mão esquerda. Décadas decorridas e estrondosamente consumado o fracasso cavaquista no "rumo à rica Europa", ei-los reciclando os velhos papiros em oportunos powerpoint a distribuir web fora. Terão descoberto as delícias da organização maoísta do trabalho, precioso recurso que tão pingues lucros tem propiciado a uma plutocracia cada vez mais de olhos em bico?
Não se preocupem as duvidosas excelências, pois terão uma imperdível oportunidade para a santificação da dita plutocracia nos altares da vox populi: franzindo o sobrolho e estremecendo a tripla papada de desdém pelo óbulo governamental, bem podem anunciar uma outorga do mesmo à classe operária, aumentando-lhe os salários. Sejam criativos, distribuindo cupões de compras, cheques de refeições, passes sociais ou talões de gasolina.
Que tal?
Trabalhadores vão pagar 36% de TSU
Vamos lá explicar devagarinho mas mesmo muito devagarinho, para ver se conseguem compreender.
Tenho uma empresa, para a qual preciso de contratar um colaborador, estava disposto a pagar -lhe um salário de 1235 Euros que faço ?
É simples oferecia-lhe um ordenado de 1000 Euros e estava o caso arrumado.
E o trabalhador em vez de receber 1235, recebia 1000 sendo ainda descontado a este valor 110 Euros.
O valor total descontado ao seu salário real era de 345 Euros.
Nunca paguei um tostão da empresa para a segurança social, foi sempre o trabalhador que deixou de ganhar.
Com a nova lei continuo a não pagar um tostão para a segurança social.
E ainda passo por benemérito.
Pois em Janeiro no caso da lei ser aprovada, vou aumentar-lhe o salário que estava disposto a pagar-lhe para 1239 Euros, o que faz com que o trabalhador veja o seu salário passar para 1050 Euros mensais.
A partir deste momento o trabalhador em vez de receber 1239 euros, vai receber 1050 sendo ainda descontado a este valor 189 Euros,.
O valor total descontado ao seu salário real vai ser 378 Euros.
Ou seja 36% do seu salário real paga ele para a segurança social, eu afirmo nunca paguei nem pago um cêntimo para a segurança social e afirmo que não existe um único patrão que pague.
Esta é a verdade em Portugal.