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Enquanto Passos cede à volúpia da "húbris", alguns bloggers, outrora reconhecidos e aclamados pela sua contundência argumentativa em defesa do ideário liberal, curvam-se agora perante a retórica facilitista de um pragmatismo malsão cuja síntese acabada é a defesa acrítica do poder. A suposta inconsistência que João Miranda vislumbra no estudo de Luís Aguiar Conraria - numa leitura feita muito na diagonal - é a prova cabal da torção a que os princípios podem estar sujeitos quando a apologia do poder - menos dada a caprichos doutrinários - substitui os antigos critérios de aferição. A não ser que - e nesse caso confessarei o meu erro - João Miranda ao falar em pragmatismo esteja a referir-se a uma variante lusitana dos pragmatismos de Dewey e Rorty.