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Mauvais Sang

por Fernando Melro dos Santos, em 19.09.12

Boa noite a todos.

 

Uma sondagem é uma sondagem é uma sondagem. Da última vez que houve sondagens, um empate técnico emergiu das urnas transmutado em desequilíbrio inegável, e os resultados de alguns partidos acabaram por ser menores do que a própria margem de erro estatístico implícita no vaticínio.

 

Contudo, não seria próprio de um agnóstico, e menos ainda de quem quer pautar-se pela humildade, supor o mesmo desenlace, indutivamente, na situação actual. Com efeito, sou compelido, pelo sentimento na urbe e no campo, a crer que as sondagens hoje divulgadas traduzem a realidade expectável com um grau de fidelidade deveras apurado.

 

O que quer isto dizer?

 

Ponto primeiro, grande parte - a maior parte - do eleitorado até aqui demissionário do seu dever não possui qualquer cultura, política ou de outra sorte, e constituindo uma massa amorfa e manipulável, pronta a disparar na direcção do estímulo que se apresente mais a jeito, está prestes a reforçar a posição de partidos demagógicos e populistas, que defendem ideologias anacrónicas sem assento legítimo num Estado de Direito. Falo do BE e da CDU.

 

Ponto segundo, os restantes eleitores que agora se agitam para fora do longo torpor vão votar contra. Por medo do extremismo ou por simples hábito vão fazer o que sempre viram fazer. E este mimetismo vai favorecer outro partido da esquerda, o PS, cuja doutrina e capital humano pouco o separam dos seus vizinhos totalitários.

 

Ponto terceiro, o CDS, à conta da sua inércia e letargia, entalou-se e entalou consigo a possibilidade, única, de Portugal vir a abrir-se ao mundo moderno no que à política concerne. O abjecto vácuo no espaço que é normalmente ocupado por partidos de Direita, com valores e princípios integrados, é uma coisa que faz de Portugal um caso clínico e a chacota dos nossos parceiros Europeus, à excepção provável de Espanha onde os anos Zapatero inquinaram de tal forma o pensamento e os costumes que também lá a situação chegou onde chegou.

 

Em 1986, o realizador francês Leos Carax trouxe-nos a obra cujo título aproveito em epígrafe, traduzido em Portugal por "Má Raça". Conta um conto de trama simples, embora ramificada, e que parte da existência de um vírus, artificial, cuja singularidade reside em vitimar apenas casais de amantes entre os quais o sexo ocorre sem envolvimento; sem paixão, sem amor, sem atilhos que não os da mera libertação carnal.

 

Podemos argumentar que o sexo nunca é apenas o sexo, mas isso não vem ao caso na feitura do filme.

 

As personagens interpretadas por Denis Lavant (o mesmo Alex de Les Amants du Pont-Neuf) e Juliette Binoche são entretecidas por Carax num tosão surrealista e inquietante, levando o espectador às zonas limítrofes da ética e da moral.

 

Por alguma razão, interpreto o momento actual, na sociedade Portuguesa, como se pertencesse a este filme. Os actores fornicam entre si, com a República de permeio, sem que os tolha qualquer sensação superior ou elevada, e aos que assistem é dada apenas a escolha entre a perplexidade e a apatia.

 

Para mal dos nossos pecadilhos, não há nenhum vírus que leve os parasitas que infestam o complexo político-partidário, enquanto salivam pela próxima ronda.

publicado às 22:16


21 comentários

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De jojoratazana a 19.09.2012 às 23:49

Que tem de novo esta sondagem?
Que a União Nacional dos Tachos é maioritária, já todos sabemos ou não fosse a Associação Nacional dos Asnos, também ela maioritária.
Tanta conversa para esconder esta realidade.
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De Um Elemento da Reacção a 20.09.2012 às 02:20

Cuidadinho jojoratazana....cuidadinho e bolinha baixa, que ainda leva com o General Almeida Bruno em cima!

http://jornalodiabo.blogspot.pt/2012/09/primeira-pagina-edicao-de-18-de.html

Não sei se nalguma cave do PCP ainda há restos de material roubado dos quarteis em 1975....se houver, o Almeida Bruno já deixou o aviso sobre o que espera o PCP se tentar saír à rua com esse material ao ombro!


http://www.ionline.pt/portugal/comandos-almoco-marca-revolta-da-tropa-especial
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De jojoratazana a 20.09.2012 às 10:37

Meu amigo o seu conhecimento da história recente, é manifestamente diminuto.
Primeiro se houve roubo de armas dos quartéis, em 1975, foi por partidos da União Nacional dos Tachos.
Segundo, as armas devem de estar onde sempre estiveram nos quartéis.
Não é um Spinolista como o Almeida Bruno, um derrotado do levantamento das Caldas, cujo o único propósito era evitar o Golpe da M.F.A., represente algo ou alguém em Portugal. 
Aos fracos sem princípios só lhes resta a ameaça.
E o resultado das politicas criminosas implementadas.
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De João Pinto Bastos a 20.09.2012 às 01:03

Espero que o vácuo que o Fernando brilhantemente identificou seja prontamente preenchido pelo CDS, todavia tenho as minhas dúvidas.
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De Fernando Melro dos Santos a 20.09.2012 às 20:52

João,


eu espero com cada veia que emirja do CDS uma ala libertária, ou que venha de fora. 


Abraço


fms
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De Anónimo a 20.09.2012 às 13:54

Leia jojo e aprenda (faz-lhe bem): http://www.ceoqmagazine.com/economicoutlook/useconomicoutlook.htm (http://www.ceoqmagazine.com/economicoutlook/useconomicoutlook.htm) 
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De jojoratazana a 20.09.2012 às 15:45

Julgo ter pouca a aprender com essa gente, não passam de piratas globais.
Deriva desse facto o estado actual da economia portuguesa, em que os economistas percebem menos de gestão do que os merceeiros de antigamente.
E contrariamente ao que possa pensar, já fui gestor de três empresas, levadas para a beira da falência por economistas, e salvas da falência por gestores comerciais.
Um país de pantomineiros é sempre um arremedo de país.
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De Anónimo a 20.09.2012 às 16:49

Não me diga que é o Daniel Oliveira ou a Clarinha travestida?
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De jojoratazana a 20.09.2012 às 16:54

Tens tia?
Então vai lá.
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De Bibi Ratuxa a 20.09.2012 às 22:21

Sim, tenho tia e  sou happy. Jojo, então? Tá doido?
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De Ex Graduado da Mocidade Portuguesa a 21.09.2012 às 02:42

http://25.media.tumblr.com/tumblr_m7kz5vlIP21rplcjyo1_400.jpg
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De Rick a 20.09.2012 às 14:50

"Ponto primeiro, grande parte - a maior parte - do eleitorado até aqui demissionário do seu dever não possui qualquer cultura, política ou de outra sorte, e constituindo uma massa amorfa e manipulável, pronta a disparar na direcção do estímulo que se apresente mais a jeito, está prestes a reforçar a posição de partidos demagógicos e populistas, que defendem ideologias anacrónicas sem assento legítimo num Estado de Direito. Falo do BE e da CDU."


Vamos ver se entendi a prosa:

1) quem não tem o sentido de voto do clarividente escriba está incluído numa "massa amorfa e manipulável", ou seja, desprovida de espinha e de pensamento próprio. mentecaptos restejantes, portanto.

2) Acusa os partidos (BE + CDU) de serem populistas e demagógicos, ou seja, acusam aqueles que nas eleições passadas referiram a realidade presente, i. e. defenderam que esta política de austeridade levaria a uma recessão profunda, desemprego, quebra da riqueza, quebra de receita fiscal, aumento das prestações sociais e, magia, aumento brutal da défice e da dívida pública. Vamos ver se entendi, quem plasmou e defendeu isso na campanha eleitoral é "populista" (sim, as pessoas renderam-se ao carisma e às políticas tão populares que defendiam) e demagógicas (sim, mentiram ao dizer a verdade para usar o povo, é isso?). Tem mais exemplos de "populismos" e "demagogias" destes partidos, ou basta enunciar para tal ser verdade?

3) Não sabia que personalizava o espírito da lei. Só assim é que a sua opinião pode validar esta afirmação: <i>ideologias anacrónicas sem assento legítimo num Estado de Direito.</i> Quem é você para fazer tal juízo? Quem é você para achar o que uma ideologia seja ou não legítima do ponto de vista de um Estado de Direito. Basicamente, são os seus preconceitos a serem verbalizados. Mais nada.
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De Fernando Melro dos Santos a 20.09.2012 às 18:36

Olá Rick, os meus agradecimentos pelo seu comentário.


Da wikipedia "preconceito" é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".


Eu não faço um juízo preconcebido, é a História, e a História é composta de factos, que desqualificam partidos como aqueles que aqui se discute da eligibilidade para a pertença a uma assembleia parlamentar num Estado que se pretende democrático. Com efeito, são evocativos das piores atrocidades cometidas em nome do "bem comum", essa ficção paladinesca usada e abusada por parte de tiranetes e déspotas de pacotilha. Mais, como saberá se viver no mesmo planeta que nós os demais, é impossível manifestar desconhecimento (ignorância sim, nesciência não) daquilo que advoga essa gente, e só por aleivosia será credível alguem vir defendê-los como tenta fazer.
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De Rick a 20.09.2012 às 19:12

Caro Fernando, não agradeça, por favor, é um prazer comentar aqui.

A sua explicação não convence. E, sim, as suas afirmações são preconceituosas, no exacto sentido em que definiu wikipediamente o preconceito. Não é História que dá ou não legitimidade a uma ideologia ou grupo político. São os eleitores e a lei. De facto, essa do "bem comum" é interessante. Segundo o seu argumento, então a Igreja e a Religião Cristã devem ser ilegalizadas e banidas do espectro social. É que a História (usando o seu clarividente argumento) conta-nos a quantidade  (e a qualidade) de atrocidades cometidas em nome da religião e da igreja cristã. Concorda com os seus argumentos, não concorda?
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De Fernando Melro dos Santos a 20.09.2012 às 20:28

Rick,


terá de explicar-me em que medida entende que a definição fornecida pela wikipedia é preconceituosa. Achará isso por não haver lá apenso nenhum selo oriundo do Ministério dos Ministérios?


Já agora, como leitura prévia, recomendo-lhe a nota biográfica que o meu amigo e confrade Samuel de Paiva Pires tão gentilmente partilhou aquando da minha entrada na equipa do ES. Eu, garantidamente, não dou para discussões de merda e agradeço hombridade intelectual à falta de outros atributos normalmente cruciais ao entendimento entre as pessoas, como seja o nexo causal. 


Digo-lhe isto, rogo que entenda, partindo da mais basilar empatia e respeito. Estou a ser franco consigo como o seria com qualquer amigo de longa data que me abordasse com as pontas soltas e pendor agit-propagandista que o  meu caro imprime àquilo que escreve; nesta frontalidade incluo o uso moderado do vernáculo , sem brejeirice nem boçalidade, mas mesmo assim mui demonizado a bombordo e a estibordo, apanágio dos broncos e de quem nada tem a escamotear. 


Há eleitores e eleitores, leis e leis. No nosso país temos leis feitas para beneficiar criminosos e vígaros. O legislador é frequentemente o maior de entre eles. 
Na Alemanha de 1933 também houve eleitores. Quer ir por aí, pergunto eu?


Aqui fala-se de Estado. A separação entre o Estado e outras expressões de culto ou de veneração deve ser total, pois já bem basta o ónus do primeiro.


E como evidentemente não sabe ou não leu que me conduzo como agnóstico, quanto muito crente num Deus pessoal, a sua alusão a  factos que imputa a certa Igreja nada me diz. 


Este ou outros assuntos eu gosto de debater honestamente e a um nível que transcende o dos  primatas arborícolas, e para isso continuarei ao seu dispor se assim o entender.
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De Rick a 21.09.2012 às 16:00

De facto, amigo, há um evidente problema comunicação.

Primeiro, no meu segundo comentário fui muito claro: os seus comentários são preconceituosos usando a sua definição (importada da Wikipédia), ou seja, são juízos preconcebidos que carecem de justificação. Não coloquei a definição em causa. Você é que não percebeu o que eu escrevi. Pouco mais.

Segundo, sinceramente não percebo em que o uso do argumento da Igreja e Religião para mostrar que o sua sentença é vazia, insinua qualquer tipo de interpretação ou profissão de fé que tenha. Não me importo, nem acho que seja relevante para esta discussão. Resumindo, tal como afirmou, o ideal do "bem comum" provocou muitas atrocidades na humanidade. Se o usa para deslegitimar ou classificar negativamente um grupo político, por ordem de razão, e fazendo jus ao seu vazio argumento, teria que aplicar a mesma conclusão e classificação a todas as religiões (ideologias) e suas  instituições (partidos, grupos, etc.). Percebeu onde eu quis chegar?

Falou em legitimidade. Pois bem, recordando, você pontificou o seguinte: "que defendem ideologias anacrónicas sem assento legítimo num Estado de Direito. Falo do BE e da CDU". Clarificando: você faz a sua interpretação e é claramente preconceituoso. A CDU e BE têm um assento legítimo num Estado de Direito. É legítimo, porque é legal. Ponto. Quer questionar a lei? Argumente porque razão deveriam ser ilegalizados estes partidos. Afirmar gratuitamente o contrário, é ser-se preconceituoso. Faz o seu juízo sobre o que são ideologias anacrónicas e classifica como ilegítimos aqueles partidos porque simplesmente não comunga ou partilha dos mesmos ideais políticos. É apenas isso que o levou a escrever aquele trecho de prosa que destaco no meu primeiro comentário.

Além do mais, classifica do seguinte modo que tem a intenção de votar no sentido contrário ao seu sentido de voto: "do eleitorado até aqui demissionário do seu dever não possui qualquer cultura, política ou de outra sorte, e constituindo uma massa amorfa e manipulável". Acha que está a ser sério?  Você, assim, de uma pernada, classifica como mentecaptos quem não pensa e age politicamente da mesma maneira que você.  Acha que isto é debater honestamente e a um nível que transcende o dos  primatas arborícolas? Eu acho que não.
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De Fernando Melro dos Santos a 21.09.2012 às 16:06

Conforme tudo quanto expus, e mantendo a minha coesão estrutural, eis a única resposta que posso dar-lhe: o seu discurso é abstruso e eivado de parvoíce. Vá espalhar o credo para outro lado. 
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De Rick a 21.09.2012 às 18:59

Insultar, para não esclarecer. Bastou contra-argumentar para que mostrasse a sua verdadeira face. Passe bem, e para próxima seja humilde o suficiente para reconhecer os seus "desvios" perconceituosos - que, por si só, são intoleráveis.
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De Miguel a 22.09.2012 às 00:24

Você deve saber o que é a democracia.

Liberalismo e democracia não são sinónimos, aliás, são até bastante opostos um ao outros. Os liberais temem o poder popular, que possa reduzir os seus 'direitos' e as suas fortunas. A democracia para vocês não é nada mais que o lago onde nadam enquanto consigam estar por cima. Logo que a democracia se vire contra os liberais, eles viram-se contra a democracia.

Aconteceu também várias vezes, você deve sabê-lo
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De Fernando Melro dos Santos a 22.09.2012 às 08:28

Bom dia Miguel,


grato pelo seu comentário. 


O arremedo de debate que tive com o comentador "Rick" terminou prematuramente pela carga de clichés (cassete...) e de insídia que eu, pouco interessado no revisionismo, entendi detectar do lado do meu interlocutor.


Ao ler o que o Miguel escreve, usando generalizações de isenção duvidosa como "fortunas", "poder popular" e "vocês", estamos a partir quase no mesmo ponto... 


Os ricos, para os partidarios desse poder popular arbitrario, são sempre os outros. Conheço casos de pessoas que comungam da chamada "esquerda caviar" e que auferem varios milhares de euros de vencimento mensal, mas ate para estes os ricos sao os outros, que ganham um pouco mais. É esta atitude discricionaria que mina a vontade de encetar debates sérios com quem tenha a lata de olhar para trás e dizer que o comunismo é uma forma de democracia. 

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