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Se por catástrofe conseguisse a mirífica independência dos egoístas, a Catalunha teria uma extrema dificuldade em ingressar na União Europeia. O veto de Espanha seria uma coisa certa. Reconhecendo intimamente esta evidência sem o dizer, o sr. Mas faz subir a parada e por estes dias tem como único e exclusivo fim, o alijar das esmagadoras responsabilidades do seu partido. Responsabilidade pelo desastre financeiro catalão que já monta a 44.000 milhões, vertiginoso crescimento do desemprego e exclusão social, subida em flecha dos extremistas que à vontade pontapeiam "estranhos" ruas de Barcelona fora, vergonhosa corrupção e compadrio que transforma a região numa sub-Calábria, desastre nas relações com as outras regiões do país vizinho. Somando-se à histeria de marginais como a ERC e de outros estultos convivas das truculências de há oitenta anos, a CiU despeja gasolina para a fogueira do nacionalismo local, aliás bastante concomitante com um sacratíssimo e tradicional egoísmo que se recusa a contribuir no auxílio às zonas mais carenciadas de Espanha. Imaginam uma situação semelhante em Portugal? Curiosa, esta inflamada movida cacofónica de uma certa esquerda das festas "de cá e de lá", ansiosa por "lutas" e "libertações" sempre condutoras ao que se sabe. Agora, neste preciso momento, tenta uma nova versão da "tejerada", desta vez juntando uns tantos milhares na Plaza Neptuno, em Madrid. Quanto ao caso catalão, estes ditosos agentes do progresso, uma vez mais apoiam uma causa nada solidária, decididamente enveredam pela discriminação mais abjecta e grotescamente aplaudem o mais rançoso tipo de chauvinismo. Nada de novo.
Talvez esteja a chegar o momento certo para um discurso real directo, sem peias ou filtros da Moncloa. É que atravessando a fronteira, não existe um patético cúmplice, encavacado no vértice da pirâmide do Estado. Nada de confusões.