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Palavras que há muito deviam ter sido proferidas. Num país habituado à condescendência para com o inexplicável, a titular da Justiça afirmou existir a vontade para levar avante o processo de averiguação das PPP, exigindo-se agora - embora sem ilusões quanto à sinceridade da classe política -, o total esclarecimento público. Sabemos como os meandros da política partidária e as suas ramificações empresariais-financeiras funcionam e reagem às ameaças à sua omnipotência, mas este é um caso que se seguir os maus exemplos precedentes, poderá significar um desfecho terrível para o próprio regime.
Independentemente da origem partidária, há que saber o montante dos acordos, os nomes dos beneficiários e quem negociou os contratos. Já não existe qualquer possibilidade do preservar da impunidade até agora costumeira, por muito que isso desagrade a alguns sectores do poder. Mais ainda, exorta-se a autoridade estatal para a cabal informação acerca de outros casos, velhos de mais de um quarto de século. Podemos até deixar a sugestão de uma data-marco, para o início de investigações que nos esclareçam acerca das causas da situação de catástrofe nacional que Portugal enfrenta: o início da chegada dos Fundos Estruturais.