por Cristina Ribeiro, em 02.10.12

" A figura de Henrique de Paiva Couceiro é das que engrandecem a Pátria onde nasceu. ( ... ) De Angola, onde o seu governo é tido como o Maior, [dá-se conta ] do descalabro constitucional, e quando volta ao continente, combalido pelo desastre que sofrera, sabe do assassinato de El-Rei D. Carlos e do Príncipe Real.
Apercebeu-se da fraqueza do regime, e quando o assalto dos republicanos se dá em 5 de Outubro, é ele que nos aparece, grande na sua bravura e energia em reacções activas. ( ... )
Depois tornou-se a alma da reacção contra o maçonismo internacional da República ( ... ). A falta aos compromissos tomados, a cobardia e as traições explicam o malogro da restauração da Monarquia. E as prisões enchiam-se...
Toda a sua vida é um sacrifício aos seus pontos de honra; mas a pensão de sangue que ganhou foi-lhe suspensa. Nem depois do Exército estar no poder procurou este saldar em nome da Pátria o acto de justiça de lhe pagar essa dívida. ( ... )
Toda a sua vida é um modelo de patriotismo, de carácter, de exemplo perfeito de uma alma de eleição que se deu à Pátria, só à Pátria.
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