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Uma questão de ética republicana

por João Quaresma, em 07.10.12

Dobrar a Bandeira Nacional

 

A dobragem da Bandeira Nacional, especialmente em cerimónias, deverá ser efectuada de modo a que, no final, resulte um rectângulo com a largura e comprimento do Escudo Nacional. A dobragem deverá ser feita por, normalmente, quatro pessoas, seguindo os seguintes passos:


1. Coloca-se a bandeira na horizontal, segura pelas bordas da tralha e do batente;

 

2.  Dobra-se o terço superior para trás;

 

3.  Dobra-se o terço inferior para trás;


 

4.  Dobra-se o lado do batente (encarnado) para trás;

 

 

5. Finaliza-se, dobrando-se o lado da tralha (verde) para trás.

 

 

O resultado:

 (Macau, 1999)

 

Assim se trata a Bandeira Nacional com respeito e se dobra de forma a se poder ver exactamente qual a sua posição evitando equívocos (no mínimo) embaraçosos. Não se dobra a Bandeira Nacional como se fosse um lençol ou uma toalha!

 

Que grandes republicanos estes que comemoraram o Cinco de Outubro de 1910! Tanto discurso inflamado, tanto orgulho nos "valores republicanos" e nem a própria bandeira sabem tratar com o devido respeito, numa cerimónia feita para as câmaras numa Praça do Município vazia de assistência. Com cerimónias como a deste ano, a suspensão do feriado é um bom pretexto para os republicanos deixarem de celebrar o Cinco de Outubro: é um favor que fazem à República.

 

Imagens e texto do protocolo de dobragem da Bandeira Nacional do site dos Escoteiros de Portugal - Grupo 242 de Corroios, a quem envio saudações cordiais. No mesmo site pode ser consultado o texto do Decreto-Lei nº150/87 de 30 de Março, sobre o uso da Bandeira Nacional.

publicado às 09:00


7 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 07.10.2012 às 09:33

João dê uma vita de olhos nisto:
http://publico.pt/Pol%C3%ADtica/serie-mar-portugues-tanto-mar-para-tao-pouca-marinha-1566092?p=1


Claro que é um assunto que "não interessa" nada.
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De João Soares a 07.10.2012 às 10:37

Foi de facto um episódio que de insignificante passou a simbólico. Talvez coincidente com a época em que atravessamos. Contudo figuras públicas de direita portuguesas ou estrangeiras também têm gestos ou afirmações lamentáveis e "criminosas".
 José Manuel Castelao, antigo deputado do Partido Popular espanhol no Parlamento da Galiza entre 2005 e 2009 presidente do organismo espanhol para os cidadãos no estrangeiro, afirmou que “As leis são como as mulheres, servem para ser violadas”. http://www.publico.pt/Mundo/as-leis-sao-como-as-mulheres-servem-para-ser-violadas-1566122 (http://www.publico.pt/Mundo/as-leis-sao-como-as-mulheres-servem-para-ser-violadas-1566122) Em pleno século XXI estas coisas são inadmissiveis, ainda mais vindas de pessoas que supostamente têm responsabilidades na governação dos destinos de um povo.
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De João Quaresma a 07.10.2012 às 22:34

Cada vez mais a vida política é protagonizada por gente medíocre, cuja mediocridade vem ao de cima quando lhes dão importância e tempo de antena. E isso é algo que percorre todo o espectro político.


Obrigado pelo seu comentário.


JQ
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De João Quaresma a 07.10.2012 às 22:31

Caro Nuno, obrigado pelo link. Infelizmente a situação é ainda pior do que isto: há áreas em que a nossa capacidade naval está a zero, como por exemplo a guerra de minas. Temos no continente quatro portos "capitais" (Leixões, Lisboa, Setúbal e Sines) além dos Açores e da Madeira. Devia haver um mínimo de seis draga/caça-minas. Não temos um único há 20 anos. Zero.
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De Octávio dos Santos a 07.10.2012 às 16:06

Esta suposta «bandeira nacional» não merece respeito.
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De João Quaresma a 07.10.2012 às 22:44

Não estou de acordo consigo. Eu sou monárquico, e não gosto da bandeira verde-rubra por razões politico-ideológicas e também por razões estéticas. Mas, goste-se ou não, é o símbolo nacional internacionalmente reconhecido e deve ser respeitado. Espero que a azul e branca regresse ao seu devido lugar quanto antes, mas até lá devemos  (monárquicos ou republicanos) ter um comportamento digno e irrepreensível neste aspecto. Pelo menos, é assim que eu vejo as coisas.


Obrigado pelo seu comentário.


JQ
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De Octávio dos Santos a 08.10.2012 às 11:13

Nada nem ninguém - nem mesmo a «lei» - me pode obrigar a respeitar o «ignóbil trapo» (expressão de Fernando Pessoa), bandeira da Carbonária, de terroristas e de assassinos, de regicidas. Não faltaram, aliás, após o 5 de Outubro de 1910, republicanos (como Guerra Junqueiro) que a contestaram, que preferiam manter as cores azul e branca, mesmo que retirando a coroa.


Não estou a dizer, nem quero significar, que vou cuspir-lhe, mandá-la ao chão, queimá-la (o que nos EUA é considerado legal, dentro da liberdade de expressão) ou servir-me dela para limpar uma determinada parte do corpo. Isso não - quanto mais não seja porque tais tarefas exigiriam de mim um esforço que a dita cuja não merece. 


Agora, reconhecê-la como digna e legítima... isso nunca!

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