" O governo da liberdade ficou sendo a tyrannia das maiorias; e, como a maioria é por via de regra ignara, nem a eleição dava o pensamento de povo inteligente, nem dava pensamento nenhum, por ser apenas a machina movida por ambiciosos, o realejo que toca a mesma aria acclamadora a todos os que lhe movem a manivela "
Oliveira Martins, « Portugal Contemporaneo »
Depois de trinta e oito anos de partidocracia, chegamos à mesma conclusão a que chegou, no passado, o historiador, em circunstâncias em tudo idênticas. O voto da maioria enredou-nos neste beco escuro, porque age em política como eu ajo em futebol: emocionalmente - sou Sportinguista, sempre serei, mesmo que perca sempre...
A propósito, não posso deixar de repetir, uma vez mais, uma frase de meu Pai, a Quem so há pouco tempo dei razão: " Como posso acreditar num regime em que o voto de um bêbado vale tanto como o de uma pessoa responsável e informada? "
* Fernando Campos, « Os Nossos Mestres »