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Enquanto em certos países gasta-se tempo a regular o peso e dimensão dos livros escolares e os paizinhos largam os miúdos às 8h e pegam às 20h, no bem-aventurado e polivalente ATL, noutras paragens há quem seja multado por educar os seus filhos excessivamente bem, em casa. Práticas rudimentares de gente caprichosa, naturalmente. Ainda não assimilaram o aperfeiçoamento dos tempos modernos em que o professor congrega as funções de pedagogo, psicólogo, agente de segurança, padre, ama-de-leite, enfermeiro, entre outras a que as necessidades apelem. Após batalharem contra as autoridades, os teimosos lá conseguiram permissão para educar os filhos. Contudo, como já seria de temer, o trabalho ficou demasiado bem feito.
Como se não bastasse ousarem desviar o desempenho escolar de um padrão que se quer saudavelmente mediano-medíocre, confeccionado nos estabelecimentos de ensino estatal obrigatório, os irreverentes recusaram ainda pagar as multas, mesmo perante ameaças de prisão. A entrada dos enviados especiais em casa desta família foi uma necessidade imperativa pois estes perigosos precedentes não podem ser deixados impunes aos olhos de uma sociedade una e consensual. Entretanto, os referidos rebeldes deixaram a Alemanha, país onde tudo decorreu, passando a residir em França. Concluímos que ainda há um longo caminho a percorrer até que os casais se consciencializem da necessidade de conceder ao governo o pleno domínio das suas crianças para que sejam moldadas de forma séria e neutra, em vez de ficarem à mercê do laxismo e valores familiares. Oh, inconsciente leviandade que estimula as aptidões da descendência a máximos incomportáveis.