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A perita em "real estate"

por Nuno Castelo-Branco, em 09.12.12

Ao contrário do João Gonçalves, já há muito me desiludi com a sra. Clinton, essa platinada cabeça a abarrotar de vaidades sem tino. Inicialmente, a sua nomeação parecia ser um sinal de regresso à política da administração protagonizada pelo seu marido, pois apesar de tudo o que se possa dizer em relação aos erros de cálculo, abusos, inconsciência e perfeito desconhecimento que os americanos parecem nutrir pelo resto do mundo, Bill Clinton foi moderadamente interventivo, concitando a simpatia resignada do planeta.

 

Hillary é de outra safra. Estridente a roçar por vezes a histeria, parlapatona, indiscreta, malabarista da mentira descarada e sempre pronta para tiradas de uma espantosa vacuidade - nisso são exímios os nossos aliados, desde os New Deal, a Grande Sociedade e outros chavões próprios para um filme com horizontes infinitos ao estilo de Tom Cruise -, tem contra si, fora de portas, a opinião generalizada de tratar-se de uma fanática serviçal do lobby israelita, precisamente num momento em que o mundo é muito diferente daquele que viveu as décadas de 50, 60 e 70. Contra os próprios interesses da sobrevivência de Israel, a política dos EUA no Médio Oriente consiste por mania, falta de coragem e cedência à chantagem interna e externa, num assunto irresolúvel para qualquer administração. Os acontecimentos dos dois últimos anos confirmam a espiral de violência e dos perigos que aguardam a zona geográfica mais próxima: a Europa.

 

A tolerância para com todas as investidas subversivas e a falta de firmeza para com os aliados do Golfo, permite o alastrar dos grupos radicais islamitas que infestam todo o Magrebe e se preparam para tomar o poder na até agora laica Síria. Hillary foi um desastre e dela ficará aquela grotesca imagem de regozijo, aquando do vil assassinato em directo do tirano de Trípolis. Para cúmulo, durante a sua passagem pelo Departamento de Estado, a Turquia tornou-se na obsessão americana pelo infrutífero encontrar de um "islamismo moderado", sacrificando-se totalmente a Europa. Os americanos, Hillary à cabeça, ainda não entenderam que os seus parceiros além-Atlântico não desejam e pior ainda, temem um alargamento comunitário para lá do Corno de Ouro.

 

O desnorte do Departamento de Estado quanto a assuntos tão graves como os dossiers China, Afeganistão, Irão, Síria e Magrebe, são o verdadeiro legado da sra. Clinton. Melhor faria em regressar rapidamente à gestão dos seus esquisitos interesses imobiliários.

 

Como há uns anos dizia o meu amigo Lionel Alves,  ..."Nuno, don't trust, she is an avogado (sic) vigarista".

publicado às 12:44


4 comentários

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De Anónimo a 09.12.2012 às 18:43

Esta mulher é cínica, mentirosa e uma corrupta sem pingo de vergonha na cara e menos ainda compaixão pelo próximo, mesmo se colega de muitos anos (vide o escândalo imobiliário, uma fraude gigantesca, que cometeu na sua cidade d'origem e que, direccionando todas as suspeitas para o seu amigo e sócio na respectiva empresa de que ela era a principal dirigente, o levou ao suicídio - sem que ela fizesse o mínimo gesto em sua defesa para o impedir - por não aguentar mais a vergonha de ser acusado de algo de que não tinha sido o principal culpado e òbviamente por ser muito mais íntegro do que ela)  como aliás são todos os políticos americanos  e os das demais 'democracias'. Aquando das eleições para a presidência, foi convidada para uma reunião secreta da AIPAC (uma vez eleito e a mando superior, Obama nomeou-a sua vice-presidente 'compensando-a' da pseudo-derrota e assegurando-lhe ser a sua sucessora nas próximas eleições presidenciais; é claro que para tão 'espinhosa' tarefa necessitou obrigatòriamente de exercer a função na qual se encontra para adquirir o respectivo traquejo) sem cujo aval não teria alcançado esse mesmo cargo. Li algures que ela é um membro efectivo dessa organização,  a qual controla a política norte-americana. Nada se decide na política interna e externa daquele país sem a aprovação absoluta e total daquela organização. Que aliás se está a preparar para colocá-la na presidência dos E.U.A. , com mais ou menos votos obtidos nas próximas eleições. Que, como se sabe, são, como todas, uma farsa monumental.
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De Anónimo a 09.12.2012 às 18:55

Nuno: estou d'acordo com tudo quanto escreveu. O anterior comentário é meu, por distracção não assinei.
Maria
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De Duarte Meira a 10.12.2012 às 22:01


Caro Nuno Castelo Branco:

Não foi feliz ao pôr aqui, por cima do retrato de Ileana da Roménia, no mesmo dia, o retrato desta senhora...

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