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Reúne-se amanhã o Conselho Nacional do CDS-PP. A reunião terá lugar em ambiente de enorme contestação interna, que atinge, como nunca, o Presidente do Partido, Paulo Portas, fortemente criticado pelas bases por estar a levar os centristas para um caminho completamente errado, ao compactuar com as impopulares e desastrosas medidas tomadas pela dupla Passos/Gaspar, contrárias ao programa e aos princípios do CDS, e a ter de engolir, sem esboçar qualquer reacção, as variadas e sucessivas humilhações de que tem sido vítima, protagonizadas pelo administrador-delegado da Troika para Portugal, Passos Coelho, e pelo seu "braço direito", Miguel Relvas.
Para tentar "suavizar" internamente os conselheiros, Portas ainda admitiu aceder ao pedido formulado por 12 conselheiros nacionais da tendência Alternativa e Responsabilidade (AR), destinado este a que fosse convidado o nº 2 do Governo e ministro das Finanças para explicar a execução orçamental perante aquele órgão do partido. Tal sugestão veio, contudo, a ser recusada por Pires de Lima, presidente do Conselho Nacional, alegando que esta reunião devia ser um espaço de meditação sobre a governação e o papel do CDS.
Esta tendência (AR) é, aliás, e de momento, a menor preocupação de Paulo Portas, ocupado que está com a crescente contestação proveniente de seus antigos apoiantes internos, agora muito críticos, entre os quais se contam, inclusive, muitos dos ainda actuais dirigentes e mesmo deputados, da Juventude Centrista, bem assim como a crescente influência do deputado José Ribeiro e Castro junto das bases do partido, esta fruto do trabalho político na defesa da linha dos valores da democracia cristã, por este desenvolvido ao longo da legislatura, e de que se destaca, nas últimas semanas, a luta pela recuperação do feriado do 1º de Dezembro.