por João Quaresma, em 14.12.12
Segunda: «O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defendeu hoje, em Bruxelas, uma política industrial europeia mais "amiga do investimento", defendendo que a reciprocidade é a palavra-chave, e critica o "fundamentalismo" de algumas regras ambientais.»
Quinta: «Assunção Cristas desautoriza Álvaro. Ministro tinha criticado regras ambientais "fundamentalistas" que prejudicam a economia. Colega centrista do Governo responde que não podemos voltar ao século XIX e elogia ambição europeia.»
Quinta: «O último foi há 45 anos. Portugal vai ter um plano de fomento industrial. Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, garante que vai estar pronto em Fevereiro e será acompanhado por um comité de sábios»
Quinta: «Número 2 do PSD arrasa estratégia industrial do ministro da Economia»
Isto é a política em Portugal. Um professor universitário de Economia é desautorizado no exercício de funções de ministro por dois imprestáveis expelidos pelas máquinas partidárias. E como se não bastasse:
Sexta: «Passos Coelho: Descida do IRC só pode ser temporária. A descida do IRC que o Governo está a negociar com Bruxelas, que pretende reduzir a referida taxa bruta de imposto dos cerca de 25% atuais para 10% e apenas para os novos investimentos, só pode, afinal, ser temporária, esclareceu hoje o primeiro-ministro.»
Os independentes, os descomprometidos com os poderes e hábitos instalados, os competentes para as funções e todos aqueles que fazem o que está ao seu alcance para servir o interesse nacional são intrusos, são persona non grata. Mesmo que tenham sido convidados. São gente que não interessa e que incomoda o regime.
Isto não tem emenda.