por Cristina Ribeiro, em 21.12.12
Boas notícias vão aparecendo, de quando em quando. Esta é uma de quase de fim-de-ano, que se espera seja uma coisa pensada para continuar, até para obviar as graves lacunas de um ensino negligente e desconhecedor, ou, pelo menos, que fecha os olhos à riqueza tão grande encerrada, literalmente, nos bons livros escritos por portugueses ricamente dotados de « engenho e arte ». Há poucos dias comentava com uma professora de português, que cá tem vindo consultar bibliografia para a feitura da tese de doutoramento, sobre, precisamente, um contemporâneo de Camilo, que a nossa geração tem revelado uma ingratidão imperdoável para com essa geração de ouro das nossas letras, mas não só para com ela. Clássicos? esquecidos...
Entrevistado ontem num canal televisivo, Richard Zenith, a quem foi atribuído o Prémio Pessoa deste ano, identificava o V Império, por este referido, como o " Renascimento " do poder literário em Portugal. Partindo do princípio que esse renascimento supõe, antes do mais, um regresso ao passado de grandeza literária que tivemos a sorte de acolher, teremos de convir que o nevoeiro é demasiado grande.
Eis que esta notícia reacende a esperança...