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É isto (2)

por Samuel de Paiva Pires, em 30.12.12

João Távora, O cordeiro imolado:

 

«De passagem pelo Jornal da Noite da TVI deparo-me com a enésima reportagem a explorar à saciedade o filão Baptista da Silva onde se evita uma vez mais substância: as suas teses que tanto excitaram a nossa “gente limpa”. De resto há por aí bastantes doutorados e licenciados com curriculum académico e atestado partidário, que do pondo de vista substantivo se limitam a explorar a conveniente narrativa “não pagamos” do burlão. Estes dias de obscura desesperança favorecem a emergência de Baptistas da Silva que afinal por aí pululam em absoluta impunidade. E já agora porque não deixam o outro, o de imitação, em paz? É que já cheira a esturro.»

publicado às 23:25


6 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 31.12.2012 às 09:06

Compreendo esta fadiga acerca do assunto Baptista, mas pelo contrário, creio ser salutar o relembrar dos factos, até porque ainda há quem os tente mitigar, dada a "justeza do seu posicionamento". Justeza, que justeza? Aquilo que o homem pretendeu defender a todo o transe, nada mais foi senão a manutenção das práticas e da gente do sistema que conduziu Portugal ao estado em que estamos. 
Abstraindo-nos completamente da grotesca burla, o discurso é antigo e conhecido, nada de novo trouxe ao debate político e apenas surgiu como oportunidade de um prolongado ataque ao governo que saiu das últimas eleições. Pois é isso mesmo que está em causa, goste-se ou não se goste dos elementos que o formam ou da política que pratica. Em Portugal é proibido a chamada direita estar no poder e conhecendo-se a história deste regime,  tudo se resume a isso. 
Entretanto, os burlões continuam a dizer o que bem lhes apetece, constroem grupos de opinião e de influência, alguns vivem no estrangeiro e visitam-nos de vez em quando. A burla apaga-se com uma travessia num deserto pejado de casos e amigos, preparando-se um regresso. Não será demais surgir uma melhor informação acerca de certos "baptistérios" onde se abençoam todo o tipo de dislates que infelizmente normalizam a nossa política ao nível que se sabe. Onde estão as indignadas vozes dos Soares, Oliveiras, Louçãs e de tantos outros sempre lestos a apontarem os dedos e a berrarem Crime?!
Neste caso, Samuel, nem o João Távora ou tu próprio estão a ver bem o problema. Mesmo com a máxima publicidade ao assunto, creio que não será de molde a impedir aventureiros do mesmo recorte, pois soldados da fortuna são a imagem de marca do regime. Já agora, quantos Baptistas foram condecorados e desempenharam funções no Estado, por vezes as mais relevantes? Por outro lado, embora não tenha grandes ilusões quanto à possibilidade, aqui está um caso que nos poderá dizer muito acerca daquilo que tem sido a imprensa em Portugal e não me admiraria muito se entrassem em erupção outros tantos vulcões Baptista e por sinal, alguns bem famosos. Veremos. 
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De Samuel de Paiva Pires a 31.12.2012 às 13:48

Nuno, subscrevo tudo, mas não deixa de ser curioso o exagerado relevo que certa gente tem dado a este caso, especialmente certas barricadas que defendem outros Baptistas da Silva que andaram e andam por aí a desgovernar-nos.
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De Nuno Castelo-Branco a 31.12.2012 às 14:20

Então estou a entender, trata-se de uma crítica a quem cala aquilo que não convém, mas nós, sendo completamente independentes, devemos chamar a atenção a estes casos, pois o pasto tem outras ervas além de relvas suculentas.
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De João Távora a 31.12.2012 às 17:00

Do teu comentário não encontro onde  haja discordância ou incompatibilidade com a minha posta. Repara que eu apenas reclamo a perspectiva sob a qual é utilizado o adjectivo "burlão". A reportagem  referida, chegou ao cúmulo de referenciar as clássicas burlas da venda do Eléctrico 28 ou do Terreiro do Paço ao desprevenido pacóvio chegado da província. A questão menos significativa "de facto" é a do curriculum aldrabado.
Pretendia eu reclamar que a burla que por aí circula impunemente é outra, impingida pela nossa gente "gente limpa", fazendo de conta que não vislumbra o fundo raspado to tacho. 


Abraço e votos de boas entradas!
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De Nuno Castelo-Branco a 31.12.2012 às 09:41

Samuel, dei-me ao trabalho de ler aquilo que um dos arautos dos "amigos dos seus amigos" tem para dizer quanto ao assunto e para não variar, aqui está a tal nada subtil lixívia do costume. É isto, o regime, pois a burla fica secundarizada pelo "acerto das ideias" (http://arrastao.org/2715651.html)


"Um disparate não deixa de ser um disparate se for dito por um economista. Uma verdade não passa a ser mentira se for dita por alguém sem estatuto técnico e com algum estatuto intelectual."


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