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Observámos o que se passou em França com a "rescisão de contrato de nacionalidade" de Gerard Depardieu, e, segundo o que consta, Brigitte Bardot ameaça a República Francesa com o mesmo tratamento. Para os Franceses é a mais alta forma de traição. Quem no seu perfeito juízo deseja abdicar da cidadania do país mais culto e civilizado do mundo? E ainda por cima trocar pela cidadania Russa? A pátria de Leo Tolstói ou Anna Netrebko. Há coisas que não têm explicação. Mas agora imaginemos o seguinte, à luz da crescente Austeridade Lusitana e no contexto da excessiva tributação de cidadãos nacionais. O que aconteceria ao país, se de repente, sem grandes contemplações, Cristiano Ronaldo ou José Mourinho (pensei em António Victorino D´Almeida, mas não serve para o exemplo) decidissem abdicar da nacionalidade Portuguesa e elegessem o Mónaco ou o Liechtenstein como neo-pátrias? De que modo é que Portugal iria engolir estes sapos? Eu sei que me encontro no território da especulação e da bizarria, mas é uma possibilidade real. Real Madrid?

publicado às 15:10


6 comentários

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De Paulo Selão a 06.01.2013 às 16:12

O que aconteceria em Portugal se Ronaldo denunciasse o seu contrato de nacionalidade? Não sei. Quanto a mim, sei: não me aquecia nem arrefecia. Sentiria tal como uma a fronta ou um sapo a passar-me pelo goto? Não. E não porque seja Ronaldo em particular; seja quem for. Aliás alguns se o fizessem até fariam um favor ao país e certamente o ajudariam a despoluir. Alguns desses que nós sabemos. Era um favor que fariam ao país. Mas não, não o fazem. Claro que não! Porque haveriam de renunciar voluntariamente à teta que ainda lhes vai enchendo o bandulho? Porque haveriam de se ir embora se cá e só cá é que se podem aboletar como o têm feito?
 Não me exaltaria porque a pessoa, qualquer pessoa é livre de tomar essa decisão, aliás perfeitamente legal e possível e se fossem alguns daqueles que enumerei se calhar até exultaria. Eu próprio tenho pensado nisso. Este país nunca me tratou bem. Um país que me mantém desempregado, que me desconsidera, apesar de ter gasto uma fortuna com a minha formação, a república portuguesa não me vê valia... agora  a dita até assassinou a minha língua. No entanto, a tomar tal decisão, romperia relações com a república portuguesa e não com Portugal, a sua história, a minha terra. Nunca renunciaria ao meu sangue e aos meus antepassados. Seria apenas uma ruptura jurídica e nunca uma ruptura total.
Quanto ao facto de alguém renunciar, ser alta traição... penso que não. Chega a ser até um acto de lealdade e franqueza. Alta traição é sim alguém vender o seu país, sacrificar o seu povo, a sua cultura, as suas tradições, a sua independência, sobordinar tudo isso aos seus interesses mesquinhos; alta traição é a forma como alguns têm governado (e se têm governando) exaurindo o erário público. Alta traição é tanta coisa e nunca mas nunca o facto de alguém denunciar o seu contrato de nacionalidade, no fundo romper com o regime porque certamente chegou a uma situação limite. Quando ao caso particular de Depardieu, não sei porque o fez. Foi do seu interesse, como é bom de ver, como é do interesse de quem chega a tal decisão. Não aplaudo nem critico. É-me indiferente, até porque nem é português nem se passou em Portugal. Até por maioria de razão tal me é totalmente indiferente.
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De John Wolf a 06.01.2013 às 16:26

Caro Paulo Selão,
Muito obrigado pelo comentário que enriquece o tema ou não tema! O seu testemunho elaborado descreve muitos contornos dessa hipótese. Sublinha e separa o essencial do superficial.
Espero poder contar com mais contributos da sua parte para a profundidade da discussão que se pretende.
Um excelente 2013.
Cordialmente,
John
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De Paulo Selão a 06.01.2013 às 16:58

Caro John

Muito obrigado pelas suas amabilidade e gentis palavras.
Endereço-lhe igualmente cordiais saudações e votos de um excelente 2013. 
Paulo
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De Nuno Castelo-Branco a 06.01.2013 às 20:05

Farta pastagem de certa gente que julga poder tornar Carlos mardel em "coisa proibida", a França não é de forma alguma o país mais civilizado do mundo. Aliás, nunca foi.
Seria uma benção para Portugal se certa gente passasse a ser francesa. Bastará encontrarmos uma lista de todos os "beneméritos" que tomaram assento em Belém e S. bento e já teríamos uns 5 A330 a abarrotar de neo-gauleses. 
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De John Wolf a 06.01.2013 às 22:34

Caro Nuno,
Estou a ironizar...intensamente!
Um abraço,
John

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