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Não se pode ter desejos fúteis como uma mala. Não se pode querer querer uma viagem porque isso é um desperdício de dinheiro. Aliás, nem se pode ter dinheiro porque isso é feio. O caso da blogger que queria uma Chanel trouxe ao de cima todo um mundo de virgens ofendidas e polícias da normalidade. 

 

Um país que pára para discutir a decência de um desejo pessoal de uma pessoa é um país pobre. Obviamente, todos os que criticaram o desejo materialista da jovem, passaram o Natal em amor e harmonia, oferecendo apenas bondade de alma. Presentes? Não pode ser. Isso é ser materialista.

 

Chama-se hipocrisia, o que se assistiu hoje. Uma raiva inexplicável a uma pessoa cujo único crime foi admitir que queria uma mala. Foi atacada, insultada e humilhada em praça pública. A esta onda de indignação de moralistas santos e sem pecado na alma só se pode observar uma coisa: vergonha. 

 

Este caso é um exemplo perfeito da mesquinhez inerente a este país. À inveja que se tem sobre quem tem, quer ter e é livre para isso. O maior problema é o ataque à liberdade individual que uma pessoa tem para escolher o que quer. 

 

As pessoas que criticaram o desejo de ter uma mala não respeitam a liberdade alheia e assumem a si uma verdade do que se deve desejar no ano novo. A vergonha alheia não está na Pepa Xavier, mas sim em quem acha que sabe mais sobre os desejos pessoais de outra pessoa.

 

publicado às 22:54


9 comentários

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De VH a 11.01.2013 às 11:27

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De Filipe Ramos a 11.01.2013 às 11:45

Em suma, um País de invejosos.
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De na primeira pessoa do singular a 11.01.2013 às 12:10


Mas acha mesmo que a mala é a culpada? ou não será a voz afectada e os trejeitos e maneiras de falar, parece a Amália nos seus últimos dias...o "sei lá", " o tipo", o " supé"...
Uma cabecinha oca...

O que é que interessa se a miúda quer a mala ou não, ter mais tempo ou não para namorar...tivesse ela dito exactamente o mesmo mas em "português", e quem é que tinha ligado?

Mas é no que dá, quando alguém é importante por ideias da treta.
 veja lá se a malinha agora condiz com a má lingua.
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De Zé Povinho a 11.01.2013 às 15:03

Concordo inteiramente com "na primeira pessoa do singular".
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De John Wolf a 11.01.2013 às 15:50

Viva José Maria,
Concordo com o artigo que escreveu, mas gostaria de acrescentar a minha opinião que vale o que vale. O problema não reside nos desejos "pessoais" da Pepa Xavier, mas porventura no evento "público" em que foi transformado. Também quero um relógio, mas não tenho de o partilhar de forma despudorada com o resto do mundo. Nem a Pepa nem a Samsung demonstram grande sensibilidade ou consciência social, e a partir do momento em que a declaração de desejos se torna pública, o vento encarrega-se de criar os remoinhos que entender. Em suma, a legitimidade da Pepa é tão válida quanto as respostas que recebeu. Mas tem razão, a inveja é última palavra dos Lusíadas...
Um abraço,
John
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De teresa a 12.01.2013 às 14:08

é exactamente isto!
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De Joao Coimbra a 11.01.2013 às 16:15

Ola bom dia. Li o seu post e percebo a sua perspectiva, claro que se pode ter desejos fúteis. Para mim, contudo, a verdadeira questão, que é de bradar ao céus, é quando os desejos fúteis são suficientemente grandes em cada um de nós que se tornam O desejo. É o que traça a linha entre um indivíduo comum (que quer uma ou outra futilidade para o seu ego) - o que devo admitir que pode ser "comum" mas não necessariamente "normal" - e um indivíduo fútil. Acrescentado a isto advém um outro problema que, a meu ver, é muito pertinente:  tomando consciência de que se tratava de uma campanha publicitária, este sujeito fútil nem toma consciência da imoralidade das suas palavras dirigidas a um país em grandes dificuldades económicas. Porque há ainda uma diferença grande entre aquilo que se deseja e aquilo que se assume que se deseja. Ora, é do meu entender que a censura pessoal (uma das características de uma entidade inerente ao homem a que chamamos "consciência") é uma ferramenta essencial na nossa vida em sociedade. De resto, ponho em causa a consciência desta rapariga ("rapariga" porque tem mais ou menos a minha idade), e, logicamente, por coerência argumentativa, questiono a sua humanidade. 
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De Manuel Trigueiros Cunha a 12.01.2013 às 00:05

Já falava o Rui Rio na elite parola... que gozem, tudo bem, até para bem da miúda agora enxovalhar na praça pública é demasiado 
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De teresa a 12.01.2013 às 14:33

bem, acho óptimo defenderem a Pepe e na verdade foi um exagero o que se gerou a volta deste assunto, mas também não vamos exagerar agora na defesa da menina! 



É verdade que houve criticas demasiado mesquinha e exageradas, mas no meu ponto de vista muitos dos comentários  foram feitos na brincadeira e caracterizaram a personagem que ela é! Acho que a maior parte das pessoas não comentou por inveja ou por maldade, mas por ela ser realmente um alvo fácil  de caracterização desde a forma como fala, aos gestos, ao mau português, a falta de coerência no discurso, a futilidade!  Estou mesmo a ver os Gato Fedorento a utilizarem este video e fazerem um sketch cheio de piada e tenho a certeza que toda gente ia achar piada,pois todos nós em publico somos alvo de chacota!! 


Falam em falta de liberdade que os portugueses dão a Pepa de expor os seus desejos, mas têm também de haver liberdade para se comentar e falar nos assuntos e dar opinião!! Temos todo o direito de  comentar um video que é publico e todos aqueles que são entrevistados e fazem algo púbico sabem que isso poderá acontece! Eu que apoio o trabalho da Pepa e até gosto do blogue dela, achei bastante fútil o discurso dela e completamente desapropriando para o ano que os portugueses estão viver...Ela pode ter os desejos que quiser, mas vamos lá ter noção que se está a falar para um grande publico e não para as amigas que têm a mesma vidinha que ela!!

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