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Menezes, o elogio da loucura

por João Pinto Bastos, em 20.01.13

Luís Filipe Menezes tem o dom, sim, trata-se mesmo de um dom, de com poucas palavras apelar ao nosso riso mais despudorado. São poucos, muito poucos mesmo, aqueles que podem arrogar-se tal privilégio. O busílis da veia humorística de Menezes, exercitada a miúdo, muitas vezes nas circunstâncias mais impróprias, prende-se com o singelo facto de que em política, isto é, na governação da Cidade, a comédia e a jocosidade devem ser executadas "cum grano salis". Com parcimónia, temperança e moderação, qualidades que, como é sabido, não abonam na persona pública de Luís Filipe Menezes. Um candidato que se apresenta com um programa em que figuram coisas como "pôr as crianças do Porto a aprender mandarim e hebraico e levá-las à ópera uma tarde por semana” é um candidato que brinca com os eleitores, que mente, trapaceia e engana deliberadamente, ou como diziam os antigos, um candidato que, na prática, não passa de um verdadeiro demagogós - que, para quem não sabe, é aquele que lidera e estimula as paixões mais exacerbadas do populacho. Quanto ao conteúdo das propostas nem vale a pena gastar uma linha que seja a comentá-las, pois, elas, na sua incomensurável estupidez, falam por si mesmas, o que me incomoda, e não é pouco, é o apoio que este populista, que, note-se, em nada difere de Sócrates, granjeou no PSD e em algumas franjas da pseudo-sociedade civil. Esse apoio é sintomático do estado de degradação moral a que chegámos. Mais grave ainda é assistir ao suporte político dado por alguns ditos liberais - somos pródigos neste género de homúnculos -, que há bem pouco tempo atrás zurziam implacavelmente na desorientação socrática, à sanha demagoga de Menezes. Perante este pão e circo nortenho o que há a fazer, e quando digo fazer refiro-me ao presente imediato, é congregar esforços e forças no combate a esta deriva antidemocrática que, caso não seja travada a tempo, destruirá o que de bom e positivo Rui Rio desenvolveu à frente da Câmara Municipal do Porto. Esperemos que Rui Moreira seja o "ecce homo"que salvará o Porto e as suas gentes da desgraça anunciada.

publicado às 23:23







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