por Cristina Ribeiro, em 22.01.13
Uma dessas coincidências que nos fazem sorrir: falava-se ontem da beleza do falar do povo, da linguagem de Camilo, e, vindo a talho de foice, questiona-se/nos um comentarista sobre o provável significado de uma fala do escritor, « Cruzes e santo breve da marca! », apresentando como possível interpretação: " Julgo que faz referência a determinado sítio da cidade do Porto, onde haveria uma ermida ou oratório de algum santo, e que teria a ver - a Marca - com referenciais para a navegação que demandava a traiçoeira barra da Foz."
Ora, eu , desconhecedora da topografia do Porto, não me atrevi a tecer qualquer comentário. Já era um pouco tarde, pelo que desliguei o computador e comecei a ler o romance que acabara de tirar da estante: « Miss Esfinge », de Campos Monteiro; quase logo no início diz o escritor que o protagonista, morgado da minhota Pedralva, tinha residência citadina junto da Torre da Marca.