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O regresso aos mercados

por João Pinto Bastos, em 23.01.13

O "regresso aos mercados" - estamos a falar do regresso à emissão de dívida a médio e longo prazo - é uma boa notícia. Sem aspas nem vírgulas. Ponto. Porém, seria aconselhável não tomar a árvore pela floresta. Por um lado, este regresso foi patrocinado em grande medida pela acção benemérita do BCE liderado por Draghi, por outro, este sucesso relativo, "conditio sine qua non" para o retorno do crescimento económico, não influirá, pelo menos imediatamente, na política fiscal seguida pelo Governo. Mais: a política do BCE tem subjacente a guerra de divisas que o John mencionou numa posta recente - é pena que a menção feita nos media portugueses ao que se vem passando no Japão e nos EUA seja bastante pífia. As coisas vão-se movendo, e enquanto nós nos divertimos a zurzir os apetites eleitorais de Costa e Seguro, o debate económico lá fora vai furando o consenso até aqui dominante. O que importa relevar do dia de hoje, não obstante os senãos mencionados, é o facto de o Governo ter obtido um triunfo que, analisando com rigor, é um passo importante na credibilização creditícia da República.

publicado às 22:27


8 comentários

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De Duarte Meira a 23.01.2013 às 23:32


Caro João:

O "regresso aos mercados" só era bom se fosse para... comprar dívida.

E a"conditio sine qua non" para o retorno do crescimento económico não passa sem "influir" na política fiscal, da única maneira possível: uma séria e drástica redução dos impostos.
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De Nuno Castelo-Branco a 24.01.2013 às 08:58

Enquanto estivermos sob assistência, como será então possível baixar drasticamente os impostos? Isto para nem sequer voltarmos à história da despesa do Estado que da esquerda à direita encontra firmes opositores. Suspeito bastante de toda esta gritaria acerca do assunto, parecendo-me tratar-se como sempre de mera gestão de perspectivas eleitorais. Enquanto o problema político não for colocado em primeiro plano, enquanto os seus agentes não disserem a verdade - pondo-se de acordo acerca da mesma -, pouco se poderá fazer. O problema é que nada disto farão! Ninguém quer mudar o Estado tal como ele existe  e desta forma adoptar-se-ão sempre paliativos que prolonguem o estado de coisas até à ocorrência de um suave milagre.
O que ontem se passou é de facto uma notícia mais positiva que todas as outras a que nos habituámos nos últimos anos. Contudo, não é de molde a foguetórios. A menos que queiram eleições lá para meio do ano, claro. 
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De Duarte Meira a 24.01.2013 às 10:15


«Enquanto estivermos sob assistência, como será então possível baixar drasticamente os impostos? ... »

Caro Nuno:
 Seria possível se, precisamente, o problema político fosse recolocado no seu lugar, como sugere.

Então seria possível se, paralelamente à renogociação da dívida (prazos e juros) - sob ameaça de repensar e referendar o euro e a UE -, a administração pública central (e a local!) se retirasse decidamente e rapidamente de sectores da vida social onde não tem nada que se intrometer - saúde, educação, trabalho, economia... - Para se concentrar onde deve estar e onde desgraçadamente tem faltado  - justiça, segurança, defesa territorial e marítima...

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De Duarte Meira a 24.01.2013 às 11:48


« como será então possível? ... »
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De Duarte Meira a 24.01.2013 às 11:57


Não é possível.

Porque, como há-de um Estado vir a processo de Regeneração (consinta-se-me esta palavra de tão veneranda como abusada memória) e de Reordenação conjunto com a Libertação da sociedade civil, - se o Estado está ele próprio refém dos cartéis bancários da plutocracia global ?

Eram precisos homens de uma espécie nova. Qual ? - A dos... Portugueses! Mas isso demora: os da velha e má casta da mama viciosa e da subsídiodependência do Estado ainda estão longe da extinção - e os outros ainda não têm campo.

Até lá,  - até aparecerem os capazes de falar aos europeus como Cabeça ou Rosto da Europa  - o Portugal futuro está no Atlântico sul.
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De Duarte Meira a 24.01.2013 às 18:26

Sem esquecer, evidentemente, no Índico, as gentes e a terra de Moçambique, que eu sei tão queridas do Nuno Castelo Branco.
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De Nuno Castelo-Branco a 25.01.2013 às 08:56

...e que tem mantido a calmo, merecendo ser ajudada.
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De Nuno Castelo-Branco a 25.01.2013 às 08:57

Dizia, mantido a calma. A sua posição estratégica também conta.

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