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Cameron, não obstante o realismo e a coragem evidenciadas noutras arenas, acabou por ceder às modernices tão em voga em certos estamentos pseudo-progressistas. Pouco me interessa se a lei em causa é um hino à igualdade - aliás, o que é a igualdade? o nivelamento de tudo o que se move pelo critério da sacrossanta igualdade pertence à categoria do que é inerentemente justo?, pois não dou para esse peditório. Tenho pavor a quem se arvora em paladino das igualdades a todo o custo. Desconhecem a natureza, desprezam a realidade, e, acima de tudo, desejam transformar irracionalmente pela força da razão o que não é transformável. A aprovação do casamento gay na Inglaterra cameroniana, com votos dos conservadores, é mais um exemplo do predomínio que estas engenharias da desrazão têm vindo a adquirir na consciência do Ocidente. Não posso, porém, terminar esta posta sem referir o deputado Edward Leigh que, ao menos, teve a coragem - aplaudam-no, por favor - de dizer que, passo a citar ( numa tradução livre da minha lavra) "nem tudo nesta vida pode passar pelo prisma cruel da igualdade". Pelos vistos, ainda há conservadores que sabem usar o conceito de tradição, que conhecem o melhor modo de o manusear, e que não querem nem desejam uma pátria desfigurada pelos construtores das igualdades desarrazoadas. Parabéns Mr. Leigh!