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O lançamento do processso conducente a um acordo de comércio livre entre os Estados Unidos e a União Europeia é, no meu entender, uma boa notícia. As virtudes do velho continente aliadas à ousadia do novo mundo, podem trazer proveito a ambas as partes. Mas torna-se necessário não cometer os mesmos erros verificados no processo de construção e aprofundamento da União Europeia. Foi em nome do negócio que grandes avanços foram decididos, que políticas foram accionadas em nome do princípio da solidariedade e da coesão económica e social, mas o resultado está à vista. Os cidadãos foram utrapassados pelas exigências do mercado e a crise que atravessamos parece ser um catalisador perigoso para entidades desesperadas, que procuram uma solução rápida para debelar as profundas recessões, e o flagelo do desemprego que aflige as partes envolvidas. A emergência é sentida em ambos os lados do Atlântico e os líderes em causa, sabem que o seu atraso significa o avanço de outros actores político-económicos de dimensão assinalável. A China, a Indonésia e a Índia, entre outros, estão na via ascendente que poderá ofuscar a preponderância económica dos Estados Unidos e da União Europeia. Os prospectivos signatários do acordo de comércio livre não estão separados por um muro que se possa inscrever em téses extremas de vantagem ou desvantagem comparativa. Os direitos e as tarifas que dividem os países Europeus dos Estados Unidos, não são dos mais agrestes. Contudo, para que o projecto possa vingar em termos efectivos, a União Europeia será obrigada a reinterpretar os seus processos produtivos e progredir a passos largos para desenvolver uma genuína cultura de empreendedorismo. Por outro lado, os Estados Unidos terão de dar continuidade a um processo de abertura no que diz respeito à interpretação dos estilos de vida de gentes de outras paragens. A meu ver, o meio-termo, o ponto de encontro de ambas as partes deverá processar-se no domínio do relativismo cultural. Os valores, as tradições, os costumes de uns e de outros terão de ceder, no sentido de se encontrar uma genuína plataforma euro-americana. No meu entender é aí que se encontra o busílis da questão, para não mencionar a bitola do comboio.

publicado às 19:34


8 comentários

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De Pedro Quartin Graça a 13.02.2013 às 19:40

Caro John, deste vez não o acompanho. Sobretudo por causa disto: http://www.youtube.com/watch?v=Rc7i0wCFf8g Image
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De Pedro Quartin Graça a 13.02.2013 às 19:41

E já reparou nas coincidências temporais de 2 grandes acontecimentos desta semana? Pois...
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De John Wolf a 13.02.2013 às 19:53

Viva Pedro,
Vejo as coisas do seguinte modo. Como ambos estão em situação delicada, talvez possam congeminar um modo de encontrar uma solução para sair das respectivas recessões. Tenho alguma preocupação em relação ao modo como irão avançar esse entendimento. As deficiências processuais irão saltar à vista o que pode ajudar a clarificar algumas questões.
Abraço,
John
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De John Wolf a 13.02.2013 às 19:58

Pope out. Europe and America pop up...
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De Duarte Meira a 13.02.2013 às 21:45


Caro John:

É uma má notícia. É mais um passo no processo de integração das super-potências no caminho do condomínio mundial.
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De John Wolf a 13.02.2013 às 23:33

Viva Duarte,
A boa notícia, no meu entender, relaciona-se com o grande debate que irá resultar em relação ao destino da Europa. Este "ensaio" vai permitir definir as linhas com que a UE quer coser o seu futuro. Nessa medida, enquanto provocadora de uma discussão programática, acho que pode ser positivo. Concordo, a integração de super-potências pode ser perniciosa...


Abraço,


John 
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De Joao Clemente a 14.02.2013 às 08:58


Nova ordem mundial cada vez mais perto... capitalismo a vencer a luta por larga margem já

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