Precisamente, Filipe, a questão está na "vingança" que o leitor pretende e que já adivinho. Por muito mau que um governo possa ser - e já tivemos outros bem piores e que nem sequer tinham legitimidade para governar, recordando-lhe apenas os catastróficos "governos provisórios" -, trata-se apenas de uma questão de legitimidade. Mil, dez mil, cem mil ou milhão de pessoas aos berros num dado momento, nada mais significam senão aquilo que na realidade são: um grupo menor ou maior de furibundos com o sistema mas que apenas se representam a si mesmos. Se quiser discutir o sistema eleitoral que temos, então podermos fazê-lo. O que se torna irónico é verificarmos que quem mais barafusta contra o actual intervencionismo extorsionista do Estado, são precisamente aqueles que idealizam um Estado omnipotente, infalível e quiçá, totalitário. Um absurdo.
De Filipe Ramos a 20.02.2013 às 01:18
Não caro Nuno, quem mais 'barafusta' contra o actual GOVERNO extorcionista, é quem se sente lesado, por inúmeras razões. Lembro-lhe algumas: mentiras, falta de carácter de ministros (com m pequeno), atitude arrogante e desprezo por quem os elegeu, extorcionismo a quem menos tem, produz e tem contribuido para o pouco que tinhamos (patrImónio esse delapidado por BPN's e bandidos, cuja grande maioria está, duma forma ou doutra, ligada ao PSD e ao PS), roubo escandaloso a quem pagou impostos significativos durante décadas (para quem tem memória curta ou não sabe, 11% SS + 23,75% SS paga pela empresa do trabalho produzido PELO TRABALHADOR + IRS) e agora vê a sua reforma actual ou futura ROUBADA, ao mesmo tempo que ladrões e criminosos do BPN e outros - alguns até conselheiros do PR e PM - ficam impunes, pela obsessão da austeridade direccionada aos mais fracos, enquanto a escumalha de ministros, secretários Estado, ajudantes e assessores de merda gastam como nunca vimos em Portugal, quando, com base na crise, são retirados direitos e são agravadas as diferenças sociais, com total desprezo pela classe média, etc., etc.
E não duvide que a vingança que mencionei, será uma realidade, nem que para isso, aqueles que foram desprezados. cometam a loucura de votar em quem nunca votaram, mesmo sabendo que isso conduzirá o País à bancarota. Como se costuma dizer, perdido por cem, perdido por mil...o último a rir é quem ri melhor, etc.
A legitimidade dum governo ou dos seus ministros, não está apenas ligada aos votos. A partir do momento em que se comprovam irregularidades como as que são conhecidas a Relvas e quando um PM, na sua arrogância e com a atitude típica de quem nunca trabalhou e nada fez de útil na vida o defende e protege, essa legitimidade é perdida. Por menos que isso, o Silva forçou a demissão do anterior governo, que foi o 2ºpior que tivémos em Portugal nos últimos 40 anos. O pior é mesmo este.