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Interromper um discurso do Primeiro-ministro na Assembleia da República com a cantoria da "Grândola, Vila Morena" tem qualquer coisa de simbólico e que fica gravado, pela apreciação ou não, nas mentes dos portugueses, especialmente na conjuntura que vivemos. Repetir a cantoria interrompendo um Ministro, nos moldes patéticos que este vídeo revela, vulgariza o primeiro acto, retirando-lhe grande parte da carga simbólica, especialmente quando o Ministro se junta à cantoria. É pena. E eu que nem gosto da música. Só espero que isto se perceba, não vá outro grupo de "cantores" surpreender-nos um destes dias quando, por exemplo, Vítor Gaspar estiver a discursar. Poupem-me, a mim e a todos os portugueses, por favor, a ter de ouvir o Ministro das Finanças a cantar. Como dizia alguém, quando quem manda perde a vergonha, quem obedece perde o respeito. E Relvas ainda gozou, fazendo coro com os "cantores". Há algo de terrivelmente errado com Portugal, para termos deixado de produzir estadistas e estarmos entregues a isto.