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Estava aqui a recordar um episódio que aconteceu em 2009, quando numa conferência de celebração do 25 de Abril, no ISCSP, que teve como ilustres oradores Adriano Moreira, Mário Soares e Odete Santos, resolvi, no período de debate, incendiar a sala, confrontando o painel com o facto de não se poder dizer que o Estado Novo tenha sido fascista, e afirmando ainda que a narrativa anti-fascista tem servido para muitos legitimarem os seus intentos mesmo que estes sejam de uma perigosidade atroz para a democracia. Os estudantes ficaram em polvorosa, a Vice-Presidente do ISCSP gritava "cale-se, ninguém quer saber as suas opiniões", Odete Santos espumava e gesticulava descontroladamente, Adriano Moreira sorria e anuía com a cabeça e Mário Soares tirou-me a palavra - para dizer, sublinhe-se, que do ponto de vista da Ciência Política, de facto não se pode dizer que tenha existido fascismo em Portugal. Pelos padrões que regem umas quantas cabecinhas por estes dias, sou agora levado a acreditar que fui vítima de um ataque à liberdade de expressão. Devia ter-me queixado na altura, porventura à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Talvez Miguel Relvas o possa fazer.