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No funerais do Rei Hussein da Jordânia, Portugal primou pela ausência, tendo apenas enviado o subalterno sr. António Costa. Nem o primeiro-ministro de então, nem o sr. Jorge Sampaio se dignaram a viajar até Amã para prestarem as últimas homenagens a uma figura incontornável das derradeiras décadas do século XX. Sampaio decerto teria algo de muito importante na agenda, talvez um jogo de golfe.
De facto, a república portuguesa não existe quando a sua presença é requerida.
Desta vez foi Cavaco Silva. Um país onde existe uma enorme comunidade luso-descendente e que com Portugal tem mantido excelentes relações - é também um mercado em crescimento -, deveria merecer alguma atenção por parte das autoridades do Estado. Não foi assim. Chávez manteve em relação a Portugal, uma inusitada atenção que mereceria algum respeito em reciprocidade. Paulo Portas proferiu declarações em conformidade, mas a sua presença nos funerais de Chávez não foi suficiente. Temos um Chefe de Estado que nos custa demasiadamente caro - mais do dobro daquilo que os espanhóis pagam pela Monarquia - e que escandalosamente sobrevive paralisado por inexplicáveis, ou talvez compreensíveis..., terrores.
Não se sabe o que Belém inventou como desculpa, mas Cavaco Silva devia ter ido a Caracas e por muitas e boas razões era obrigatória a sua presença nas exéquias.
Os venezuelanos e os espanhóis têm passado por uma fase de bem conhecidas dificuldades e a Coroa não hesitou em enfrentar a situação, enviando o futuro Rei como representante do país. Pois desde já garantimos que acontecesse o que acontecesse, se Portugal tivesse a Monarquia como instituição máxima do Estado, lá teríamos visto D. Duarte na primeira fila.
Esta inútil república é um embaraço mesmo para os seus aliados.