Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Exmº Senhor
José António Azevedo Pereira
É com grave assombro que constato, nesta data e pela primeira hora da alvorada, ter recebido uma vez mais, e contrariamente às solicitações que previamente remetera ao encontro da atenção de V. Exª, uma mensagem de correio electrónico não solicitada, vulgo spam, oriunda da entidade por V. Exª tutelada.
Reza conforme se segue o teor deste último atentado ao meu direito de tranquilidade, ora corrompido pelos actos da entidade por V. Exª comandada, numa verdadeira bacanália apenas comparável ao terrorismo dos Estados que em tempos, por detrás da Cortina de Ferro, caçavam até à exaustão aqueles que de facto lhes pagavam a existência, tal como aqui eu e os meus concidadãos pagamos a Vossa.
Exmo.(a) Senhor(a),
FERNANDO MELRO DOS SANTOSxxxxxxxxx
Já pode consultar no site e-fatura (www.portaldasfinancas.gov.pt), as faturas relativas ao mês de janeiro em que solicitou a inserção do seu Número de Identificação Fiscal (NIF) como adquirente, e que as empresas emitentes comunicaram à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
A legislação em vigor estabelece que as empresas comunicam à AT as faturas emitidas, até ao dia 25 do mês seguinte, podendo os consumidores consultar e recolher as que estão em falta a partir do dia 1 do segundo mês seguinte.
Caso constate a falta de alguma fatura emitida com o seu NIF e que tenha em seu poder, pode inseri-la no sistema a partir de agora.
Até agora mais de 440 mil consumidores já inseriram faturas no Portal das Finanças.
Muito obrigado pela sua atenção.
Com os melhores cumprimentos,
O Diretor-Geral
José António de Azevedo Pereira
Acalento conforme já expressei o maior repúdio pela ingerência do Estado, em V. Exª corporizado, nos assuntos que ao meu quotidiano dizem respeito.
Acrescem a esta sensação de abjecta náusea três condimentos que não posso deixar de partilhar com V. Exª, a saber:
- eu não sei o que são "faturas", termo que parece aludir à grafia do termo "factura" adoptada unilateralmente por Portugal num pseudo-acordo bacoco e provinciano que os demais mutuários foram rejeitando paulatinamente
- por quem me toma o senhor ao sugerir a minha licantropização em chibo do Estado, quando bem sabemos que nada, repito NADA da colecta fiscal vai parar onde deve, sendo perdida nos incontáveis orifícios que os canais de distribuição estatais tão astuta, sagaz, copiosa e consanguineamente criaram para si mesmos?
- a legislação em vigor, como muito bem escreveu ontem o digníssimo procurador-adjunto Pinto Nogueira, é feita com o fito sistemático de onerar quem produz com o sustento cíclico e voraz de quem se acoita no Estado; para isto não dou um segundo do meu tempo.
Assim, uma vez mais rogo a V. Exª, cesse o envio de correspondência deste teor abusivo para a minha caixa de correio.
Bem haja.
fms