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Maria João Marques, Cortinas de fumo criadas por pessoas de quem se esperaria que criassem cortinas de fumo:
«Eu sei que é muito bonito dizer que se devem discutir ideias e não pessoas mas isso no que toca a governantes é uma treta. É tempo de começarmos a avaliar os políticos em que votamos também pelas pessoas que são e pelos percursos de vida que seguiram. Se não interessa se um político/a dormiu com a secretária/o ou com a cunhada/o, ou as notas que têm os filhos, ou se a mulher se enxarca em xanax ou o marido em cognac, já tem de interessar, e muito, como correu a vida académica e profissional de alguém em quem vamos votar. Se primeiro votámos num semi-engenheiro, que assinou uns projectos dumas casinhas lindas cujos clientes nunca o viram, que comprou uma casa por valor muito abaixo do declarado pelos seus vizinhos que estavam isentos de pagamento de siza, que fez carreira apenas dentro do PS, sem qualquer experiência do mundo real e a seguir votámos num eterno jovem que depois de viver na jota e no partido se sustentou em empresas para onde foi graças aos conhecimentos políticos e que geravam receitas graças a contratos estatais e aos mesmos conhecimentos políticos, pergunta-se: estamos à espera de quê de diferente tendo em conta a má qualidade da gente em que votámos? Óbvio: se queríamos alguém que reformasse o estado não podíamos ter votado em alguém que sempre viveu do estado.»