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A entrada dos políticos europeus no chão sagrado dos depósitos bancários não deveria ter-nos surpreendido. E digo isto porque este caminho tem vindo a ser subtilmente trilhado pelos eurocratas. Primeiro uma taxa moderadora aqui (em prol da qualidade do serviço, claro!), depois um imposto ali (para o estado social), depois mais um imposto acolá (sob os produtos petrolíferos, ou sobre o CO2!), depois vem uma violação de privacidade (por motivos de segurança, uma causa sempre consensual – sobretudo numa sociedade de medrosos) e etc. Ou seja, o cidadão europeu, tal como um anfíbio, tem vindo a ser cozido em lume brando e de forma gradual de modo a que os seus corpos (e mentes) se habituem ao suplício infligido pelas elites sem, de outra feita, espernearem ou saltarem da panela em choque. Numa coisa todos temos de concordar: a mestria e subtileza dos eurocratas são de tirar o chapéu! Aliados a uma operações de marketing político que invadiu os media e cuja estratégia passou por disseminar a ideia de um sonho socialista europeu de bem- estar, de uma identidade comum e, sobretudo, da sustentação da ideia de que, se não acolhêssemos esse paradigma perfeito sonhado por seres iluminados, resvalaríamos para a guerra, a ideia foi abrindo as portas de casa e instalando-se no sofá. Era a utopia ou a guerra; a escolha pareceu fácil. Esqueceram-se os europeus que estes dois termos tendem para a convergência no longo prazo.
O abuso de confiança não é, portanto, de hoje, nem mesmo de sexta-feira à noite / sábado de madrugada -16 de Março de 2013.
De forma concreta, veja-se o caso do imposto sobre rendimento de pessoas singulares (IRS), uma das causas pela qual hei-de batalhar até à cova. Esta é para mim uma questão central e que deveria voltar a ser discutida pela mais elementar razão de que, ninguém me perguntou se eu concordo aliás, ninguém perguntou aos portugueses de forma alargada, o que têm a dizer sobre esta questão. Começamos a trabalhar, hoje, e somos confrontados com uma situação escabrosa que não é mais do que um roubo – porque não é para pagar estado social, coisíssima nenhuma (e isto dará um post a breve trecho).
Se as gerações anteriores concordaram, no passado, com o estabelecimento de impostos sobre rendimento (assumo que concordaram, tendo no entanto dúvidas) quem garante que as gerações mais novas também concordam? E esse contrato que foi celebrado com o Estado há 40 anos pelos antecessores ainda é actual, isto é, ainda vale o preço que pagamos hoje?! Ou estará na altura de renegociar o contrato? E assumindo que ainda se justifica e é aceitável pagar impostos sobre o rendimento, como foi possível os impostos sobre o rendimento terem escalado até ao nível onde hoje se encontram?! Para onde está a ir, parcela por parcela, o dinheiro dos impostos?! Como se justifica a escalada?!
Mas importante que tudo isto, a questão que se afigura, no meu entendimento, central: terão os cidadãos consciência de que aquilo que é mais ultrajante no IRS é o autoritarismo com que este imposto é literalmente imposto?! Quando e onde é que eu assinei que autorizo o governo (um conjunto de indivíduos em quem não votei e nos quais não confio!) a “retirar”, antes mesmo de o dinheiro me vir parar à mão, 30, 40 ou 50% do rendimento que a minha empresa paga como justa recompensa pelo meu excelente trabalho?! Cinquenta por cento?! E por que não 70%, desafio eu?! Quem estipula estes números, onde está o racional?!
Reparem na perversão do detalhe (porque é nos detalhes que o diabo se esconde): não só a parte que é “retida na fonte” (ou “derretida” na fonte, na fonte de todos os problemas!) - não só a parte é de uma grandeza indecorosa jamais negociada ou justificada como, e agora é que vem a perversão maior, retiram essa parte antes mesmo de eu ter posse do meu vencimento na totalidade.
O abuso de confiança e a intrusão dos políticos, nacionais e estrangeiros, na vida privada dos cidadãos tem vindo a verificar-se de forma progressiva e com intensidade crescente ao longo dos últimos anos. Onde iremos parar eu não sei mas a minha estimativa aponta para que, se somarmos todos os impostos (visíveis e invisíveis – isto dava outro post!), estaremos muito próximos dos 70% de carga fiscal. Para chegar ao 100% falta pouco e neste fim-de-semana que passou foi dado um passo de gigante para tal acontecer. Não pensem que isto que vos digo é uma conspiração ou uma extrapolação delirante. Se me dissessem há uns anos atrás que um dia congelariam as contas bancárias de cidadãos europeus impedindo-os de levantarem o seu dinheiro, deixando-os em situação de desespero, para que a classe política tivesse tempo de acertar a quantia que iria “reter”, eu teria achado que estava a falar com um maluco.
Muito bem ! Apoio e subscrevo na íntegra !
De facto, o IRS, IMI, IVA... são impostos-ladrão que o Estado utiliza torpe e violentamente para extorquir o produto do trabalho esforçado do cidadão (do contribuinte, dizem eles, pois de há muito nos consideram contribuintes para o peditório de encher a pança ao Estado-ladrão...).
Na verdade, impõe-se rever toda esta legislação que mais parece hoje oriunda de uma república soviética do que de uma dita democracia.
É profundamente iníquo este assalto voraz ao bolso de quem se esforça para levar uma vida honrada e cumpridora, que procura fazer face aos tão subidos encargos da vida quotidiana.... e depois, zás! o Estado a meter-nos, sem qualquer cerimónia, a mão ratoneira no bolso !
Ainda se os nossos impostos tivessem um destino que se visse satisfazer as necessidades do Povo... mas não ! Os nossos impostos saem... vou empregar uma linguagem dos tribunais... precípuos, sim, antes de mais e direitinhos, para saciar a sofreguidão das regalias e mordomias escandalosas dos nababos incompetentes da governação, ou para pagar as vigarices dos administradores de bancos falidos, ou de esquemas de favorecimento de amigalhaços porcalhotes !!!
Para acabar com estes abusos inqualificáveis, por que não utilizar a DESOBEDIÊNCIA CIVIL...? NINGUÉM PAGA IMPOSTOS, enquanto não se provar que eles têm um bom destino !!!