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Na Monarquia e na República

por Nuno Castelo-Branco, em 03.04.13

 

Um dos temas do dia, será sem dúvida, a chamada da infanta Dª Cristina a Tribunal, procurando o juíz esclarecer cabalmente, qual o papel que a filha de SM o Rei João Carlos desempenhava nas empresas do marido. É uma boa notícia para a Monarquia espanhola, pois cumpre cabalmente aquilo que o monarca declarou na sua mensagem de Natal: a justiça é igual para todos. Há ainda a acrescentar que desta forma, se dissiparão as dúvidas que têm alimentado a sempre oportuna sede de notícias que enchem as primeiras páginas dos jornais.

 

Em clamoroso contraste, o que poderemos dizer acerca de casos semelhantes e outros bem mais graves que têm ficado esquecidos ou artificiosamente "caducados" na Justiça da república portuguesa? Em alguns deles - centros comerciais, PPP, farmácias, parques empresariais, sucatas e ferragens, betões diversos, caixinhas de peixes, terminais de contentores, acções na banca, etc -, os alegados prevaricadores são até recompensados com chorudos negócios às custas do património público. Com um bocadinho de sorte, até recebem uma grande sala de festas - um bom lugar numa empresa ou no comentório televisivo, tanto faz -, naquele bem luso ponto final de mornas codfish waters. Talvez os portugueses devessem prestar mais atenção às vantagens da Monarquia.  

publicado às 20:56


12 comentários

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De zeca marreca a 03.04.2013 às 23:28

A sério? A casa dos bourbons em plena decomposição e vocemercê acha que a situação constitui prova cabal que "a justiça é igual para todos"!

Nem vou argumentar o contrário... fique lá com a monarquia pós-franquista exemplar!
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De MIGUEL a 03.04.2013 às 23:44

A SÉRIO!
A REPUBLICA PORTUGUESA É QUE É. SÓ FUNCIONA EM DITADURA.
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De Anónimo a 04.04.2013 às 02:25

Isso gostava você Miguel Branco. Espere sentado, cuidado com as varizes
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De Artur de Oliveira a 04.04.2013 às 03:11

A republica esta a morrer de obesidade mórbida... 
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De PPA a 04.04.2013 às 10:17


Muito bom!

Grandes verdades. Até ao momento o melhor de 2013, made by Nuno Castelo-Branco.

Parabéns e "go on"!

Abraço amigo.
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De David de Jesus a 04.04.2013 às 13:10

Presumo que o autor deste post não esteja familiarizado com o conceito de "falácia lógica". É que o mesmo enferma gravemente dessa condição.
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De Pedro Matias a 04.04.2013 às 16:36

Parece que os apanhaste em cheio, Nuno. Se não dissesses nada, era o fim do mundo. Apontaste a flagrante diferença e aí estão os fulanos danados. Eles que desmintam se em Portugal não é como dizes. A verdade tem de ser dita. Fizeste bem.
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De David de Jesus a 04.04.2013 às 18:30

Alguém no planeta onde habita essa peculiar espécie que dá pelo nome de "monárquicos" sabe fazer a distinção entre "parte" e "todo"? consegue distinguir "causa" e "efeito"?
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De Nuno Castelo-Branco a 04.04.2013 às 21:31

Caro David  de Jesus, entendeu perfeitamente o quis dizer e se quer a confirmação, faça o obséquio:
http://politica.elpais.com/politica/2013/04/04/actualidad/1365065053_928724.html

http://politica.elpais.com/politica/2013/04/04/actualidad/1365076889_491726.html



Nunca vi nada de remotamente semelhante na república portuguesa. Nada. Nem verei.
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De David de Jesus a 04.04.2013 às 22:34

Olhe, fui ler, e foi uma leitura um pouco maçadora. O que retirei de lá: a filha do rei de Espanha foi implicada, estão muito preocupados com o reflexo que isso possa ter na imagem de Espanha. O filho do rei esteve numa cerimónia de juízes (que curiosamente parece que têm que jurar lealdade ao pai dele). Estão todos muito preocupados porque ela foi implicada.

Reparei também noutro pormenor que achei curioso, relativo a aspectos fundamentais de igualdade perante a lei (um príncipio que costuma ser fundador nas constituições democráticas modernas): "Y por tanto, no tiene intención de incluir a la Corona en la Ley de Transparencia. El presidente del Ejecutivo, Mariano Rajoy, se ha limitado a decir que la tramitación de esta ley, cuyo anteproyecto excluye del ámbito de aplicación a la Corona, “está en las Cortes”.

Daqui retiro dois pontos principais:

1) Em Portugal nada remotamente parecido pode ter sido visto porque felizmente não temos que aturar este tipo de pantominas de reis e princípes. A Constitituição da República consagra o princípio da igualdade perante a lei. Também a ideia de que todos nascem iguais em direitos e deveres. Pode-me dizer que na prática isso não acontece, pois não, o ser humano é bastante vulnerável a vários modos de corrupção. Mas parece-me bastante mau ponto de partida abdicar também dos princípios... Seja como for a questão da excepcionalidade da tal senhora perante a lei em Portugal nem sequer faria sentido colocar-se.

2) Em Espanha ocorreu uma senhora socialmente e institucionalmente muito importante ter sido feita arguida. Mas o que me parece estar a querer dizer é o que facto de uma senhora importante ter sido feita arguida é mérito da monarquia. E não só é seu mérito, como a existência de um regime monárquico é condição sine qua non para que tal possa ocorrer - é principalmente este o ponto que me faz confusão. Se calhar estou errado, mas pareceu-me que era essa a noção que queria fazer transparecer de forma fulgurante com o seu post. Subsequentemente parece também implicar que em Portugal indivíduos social ou politicamente importantes, ou com responsabilidades públicas, não são constituídos arguidos, e a culpa disso é vivermos num regime republicano.

Entende porque me parece haver uma dissociação lógica?
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De Francisco a 07.04.2013 às 11:24

Quando está em causa a questão de regime, nunca peçam lógica a um monáquico. Atentemos neste diálogo:

D. Duarte: O desenvolvimento dos países nórdicos deve-se ao facto de esses países viveram em monarquia, um regime mais estável.
 
Jornalista: O que dizer então de repúblicas nórdicas como é o caso da Finlândia e da Islândia ? Gozam dos mesmos níveis de bem-estar e desenvolvimento da Dinamarca, Suécia e Noruega, monarquias...
 
D. Duarte: Não estamos a falar de repúblicas, estamos a falar de monarquias. São coisas diferentes.

Enviaram-me esta   citação uma vez. Não me espantaria que fosse verdadeira. Ilustra bem a lógica patente frequentemente no discurso de muitos monárquicos.
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De Francisco Pedroso a 07.04.2013 às 10:29

A monarquia espanhola em plena decomposição, a Espanha à deriva e em profunda decadência, a república a crescer imparável nas intenções dos espanhóis, e o Nuno a querer apresentar a monarquia de "nuestros hermanos" como um exemplo para a nossa república...Já é cegueira, irra! Próximo capítulo: segunda-feira são publicados os certificados do aborto de Letizia! Que gente tão exemplar, o rei, a filha, o genro, a nora etc, etc... Que regime tão bom e tantas vezes incensado por si, e pelo nosso Duarte de Bragança...

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