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António José Seguro e o seu corpo de intervenção socialista já não esconde a sua ânsia pelo poder. Os rapazes e raparigas estão a roer as unhas à espera que os 13 eleitos do Tribunal Constitucional (TC) puxem o gatilho do canhão orçamental. Aguardam a detonação da principal ferramenta de trabalho do governo de coligação. Estão à espera que sejam outros a mandá-los embora. Os suplentes querem assaltar o governo custe o que custar, com as armas caducas que têm à mão. O líder da oposição, faz-me lembrar um tal de Correia do Norte - o Kim Jong UN -, que também anda a brincar às moções. Aos tiros com balas perdidas na retórica, que vão acertando em cheio num campo minado por propostas vazias. Portugal está preso entre a espada e a parede. Nem sequer podemos designar esta competição pelo poder como algo polarizador, nuclear, que envolva protões e electrões. A ciência em causa é tão básica que nem pode ser designada por tal. Os socialistas nunca serão o oposto do governo que se encontra em funções. Serão uma especie de mesma coisa. E este estado de alma gerou um estado político vegetariano. Um pacote de chatices que nem é peixe nem é carne - é uma bizarria. A brincadeira está a sair cara a cada um dos Portugueses que já não têm cartolina, nem carteira para jogatinas. Já bastava a austeridade em forma genérica, para agora termos de engolir estas ampolas de atrasados mentais. Por outro lado, sabemos que faz parte da matriz nacional nunca dar o braço a torcer. O que se está a passar é um desgaste que até Kim Jong Un seria incapaz de provocar. A intransigência de parte a parte, do governo e da oposição, faz parte de um quadro mental preocupante de convencimento arrogante, de teimosia política que é inimiga visceral do interesse colectivo. Um consenso para a salvação nacional é algo que não conheceremos nesta península. A moção de censura foi uma jogada sem efeito, uma demonstração de um retumbante zero. Se o TC chumbar o Orçamento de Estado, o PS poderá afirmar que nada teve a ver com a queda do governo, e que por acaso estava na vizinhança e decidiu dar um jeito. Um jeito muito semelhante ao mau jeito dado pelo governo que ainda se encontra em funções.