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Cabrões

por José Maria Barcia, em 17.04.13

Perdoem-me a linguagem mas não há outra para o sucedido.

 

Em Boston, três pessoas morreram, incluindo um miúdo de 8 anos que esperava o pai. Outros 170 ficaram feridos. Foi um atentado. Um acto terrorista e quem quer que tenha sido o responsável, é um cabrão filho de uma grande puta que não merece um único pingo de misericórdia, perdão ou humanidade. 

 

Mais de 170 pessoas ficaram feridas. Segundo os media internacionais, houve pessoas que perderam as pernas. Outras submeteram-se a grandes cirurgias pois as bombas estavam repletas de pregos.

 

E que respostas há para quem sofreu? E para aqueles com familiares ou amigos que sofreram?

 

O que aconteceu não é obra de pessoas. Não se pode considerar um atentado como uma obra de um ser humano. Como tal, devem ser abatidos tal e qual animais que são. Ao praticar um acto destes, os responsáveis rejeitam a sua humanidade. São uns cabrões. 

 

Que se fodam estes cabrões. Estes que matam uma criança de oito anos. Oito anos. Custa escrever oito. É tão pouco e com tanto que ficou por vir.

 

Ao Martin, o miúdo de oito anos que foi assassinado por cabrões. Pelos Martins desse mundo que são assassinados por cabrões, todos os dias. Sempre com eles, sempre contra os cabrões.

publicado às 02:48


11 comentários

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De zeca marreca a 17.04.2013 às 10:56

Claro que as bomas da Nato são muito mais humanitárias, não atingem crianças não matam nem ferem ninguem. Também não o vejo assim tão indignado com o atentado que no mesmo dia vitimou 31 vidas iraquianas... Valerão menos os iraquianos ????
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De Pedro Miguel a 17.04.2013 às 11:17

Quando três mortos num atentado nos States valem mais do que 55 mortos em vários atentados, no Iraque...
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De Pedro Miguel a 17.04.2013 às 11:18

http://www.ksn.com/2013/04/15/baghdad-attacks-kill-at-least-55/
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De José Maria Barcia a 17.04.2013 às 14:41

Não é uma questão de uma vida valer mais que outra. É trágico, tanta quanto um atentado. Mas e então? Onde quer chegar?
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De Ana Maria a 19.04.2013 às 15:33

Acho que simplesmente quer chegar ao facto facilmente constatável de que nunca se viu por aqui (neste blog) tamanha indignação e repulsa por um acto como este quando perpretado noutra parte do mundo. Isto é, nunca lemos nenhum post a chamar cabrões e filhos da puta aos taliban quando matam crianças no Afeganistão ou a quem atira bombas da nato para cima de civis, pode ser no Afeganistão também, esses já não são cabrões nem filhos da puta e os que morrem são só "danos colaterais". É ai que se quer chegar porque de facto, umas vidas valem mais do que outras, pelo menos para alguns.
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De Duarte Meira a 17.04.2013 às 13:52


José Maria Barcia:

Se chama isso aos que matam assim seres humanos com oito anos de idade, que nome é que chama aos que todos os dias matam seres humanos com oito semanas ou oito dias, no recato das "clínicas" abortórios?
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De José Maria Barcia a 17.04.2013 às 14:43

As nossas opiniões divergem nesse assunto. De tal maneira que qualquer discussão seria infrutífera. 
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De Duarte Meira a 17.04.2013 às 22:35

José Maria Barcia:

Não se trata de meras "opiniões" - mas de posições objectivas fundamentais perante questões de vida ou morte, com consequências decisivas para o carácter, acções e responsabilidades de cada um.

Deixe-me só sublinhar e justificar com toda a clareza o a-propósito da questão que eu trouxe  aqui. Defino terrorismo como todo o acto público ou privado de agressão física ou moral, continuada, intencional e encoberta a sujeitos inocentes e desprevenidos de defesa. No "moral" incluo a ameaça que fica pairando sobre outras potenciais vítimas.

Então, é evidente que (descontando o "continuada", se se trata de acto isolado e ocasional) o acto de Boston foi terrorista. Mas ainda é mais evidente que os seres humanos vivos ante-partum, que não ameaçam a vida da mãe, são tipicamente os mais inocentes e desprevenidos de defesa que é possível racionalmente conceber.
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De Isabel Metello a 17.04.2013 às 14:04


Em primeiro lugar, RIP, principalmente em relação à alma da criança que morreu!
Sim, em parte, subscrevo aquilo que está mais do comprovado- que alguns holocaustos o são, mas outros são meros danos colaterais necessários- só que, Aos Olhos de Deus, O Sofrimento É O Mesmo!

Na minha opinião, com base numa análise de perfil muito light, não foram nem fundamentalistas islâmicos, nem neonazis.

1º Um fundamentalista islâmico suicidar-se-ia (não esquecer tb que muitos suicidas o são obrigados pelos talibãs, que os raptam em criança, e rogam e choram pela Mãe, pedindo para não cumprir aquela maldita missão, rogando por misericórdia, perante o riso alarve dos nojentos dos talibãs!

2º Um nojento de um neonazi (engraçado como até aqui se vê que o mal não tem cor, tem cheiro- a propósito, os que mataram o rapaz no Bairro Alto a pontapé, só por ser mulato, pelo menos um, já está cá fora!...) mataria os atletas negros quando chegassem à meta- seria congruente com a sua ideologia degradante, do mal e aproveitar-se-ia do momento mais espectacular e mediático do elogio à interculturalidade!

Logo, só resta um perfil que se adequa aos líderes e a muitos dos seguidores (digo muitos, pois alguns são totalmente lavados ao cérebro- tornam-se maus como as cobras, mas não são psicopatas, tanto que alguns se redimem, um psicopata não é redimível; e outros como o que vi num documentário, vão obrigados, sob ameaça de que lhes matam a família e com a promessa do paraíso territorializado!!...) das ideologias supracitadas: um psicopata sádico, que teve como alvo o cidadão comum, provavelmente, para passar pela segurança (e, atenção, como foi frisado, a Polícia de Boston é uma das mais experts em segurança, o que lhe deu ainda mais gozo, pois estimulhou-lhe o click letal, ausente de alguma Empatia, que os caracteriza!...) dando-se como pertencente ao grupo dos voluntários ou mesmo de algum grupo de seguranças, tendo a oportunidade de mandar com o pezinho (o passeio é largo, mas em cimento, logo, seria fácil empurrar um dispositivo e pô-se na alheta, telecomando-a ou já tendo o tal cronómetro incorporado, ou deixar a bomba no meio dos espectadores, sem que alguém desse por tal! Ou até a poderia ter mandado de um 1º andar... mas não, tal daria muito nas vistas e no que estes normopatas  são especialistas é não dar mesmo nas vistas!

E o mesmo não estará ferido, só se o estiver ligeiramente e até terá tido o prazer sádico, pondo a poker face de ajudar alguém, para que se estimular mais e para acentuar o disfarce (por norma, ou são uns sedutores natos ou são muito reservados, mas sempre, aparentemente, muito bons e educados vizinhos! Um psicopata é um ser autocentrado que tira o maior dos prazeres em assistir Ao Sofrimento Alheio, sem Empatia absolutamente alguma, mas adora a sua vidinha, só se suicida se o orgulho desmedido que os caracteriza for atingido....)...

Como tal, RIP, with all my sorrow, por ter assistido, mais uma vez, à obra de uma espécie que mina este mundo, sabendo que, neste preciso momento, outros estão a actualizar o mesmo m.o. em vários cantos do mundo, de forma compulsiva e, na maioria das vezes, impunemente!
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De José Maria Barcia a 17.04.2013 às 14:41

Boa análise. A Isabel trabalha como psicóloga forense? 
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De Isabel Metello a 18.04.2013 às 01:51


José Maria Barcia, não, as minhas áreas são a Literatura e as Ciências da Comunicação, mas a investigação académica e o contacto pessoal com este perfil conduziu-me a tentar perscrutar-lhe a natura, consultando obras e até vídeos no youtube de especialistas norte-americanos na área. É um perfil letal (quem lhe cair nas mandíbulas está feito, literalmente!) e existe em muito maior número do que se possa imaginar! Por exemplo, naquela reportagem Francesa sobre os flash crashers, no fundo, hackers sem escrúpulos, muitos deles tb psicopatas, que trabalham para psicopatas organizacionais que, para ganharem e fazerem ganhar milhões a outros, não se importam nada de mandar 10.000 pessoas para o desemprego, o perfil está bem presente; assim como nas redes de tráfico de órgãos no Kosovo ou no Zimbabwe, em todo o mundo e intemporalmente ( Genghis Khan, Nero, Calígula, Staline, Hitler...). E o mais assustador é que a maioria das pessoas pensa que quem os estuda os admira e que exagera! Muito pelo contrário- só se os pode combater desconstruindo-lhes o m.o. de um cérebro robótico cujo electro-encefalograma revela nadica de nada na zona da Empatia! São capazes de torturar alguém ao som de Mozart e, geralmente, os do tipo sedutor são considerados grandes líderes! Enfim, a única forma de os combater é aliando a ciência à Espiritualidade, à Intuição...
Só há uma forma de lhes fazer cair a máscara que colam à face: frustrá-los!

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