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" Para não me deixar contagiar pela ignorância geral em ciência política, estudei, desde Coimbra, os preceptores do Legitimismo em Portugal e com eles tive muito que aprender, quanto à natureza de algumas instituições e à teoria política.

Lembro, entre outros, os nomes de Ribeiro Saraiva e D. Francisco Alexandre Lobo, injustamente ignorados neste país, eles que foram das mais brilhantes e cultas inteligências do seu século.

Ensinados por eles, pelos dados da experiência, pela intuição maravilhosa dos autores dos forais, pela verdade municipalista, pelas diferenças regionais, pela História e pela Tradição, a Monarquia por nós preconizada suponho que escandaliza, ao primeiro aspecto, a maioria das pessoas de bem que se dizem monárquicas, sem talvez se lembrarem porquê. "


Revista « Aqui d'El-Rei!... »

publicado às 17:52


6 comentários

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De Carlos Velasco a 19.04.2013 às 20:18

Cara Cristina,


Ler os seus posts é um alento para os verdadeiros monárquicos portugueses, afinal, muitos que se dizem monárquicos não passam de reizistas alucinados, que veneram modelos teóricos que muitas vezes não passam de percepções mutiladas de realidades estrangeiras idealizadas pela mentalidade típica do provincianismo modernóide. Para eles basta pôr um rei e pronto, fica tudo bem. Da minha parte, prefiro um Rei austero e sem pompa, mas que reine de facto, do que um fantoche vestido como um papagaio a posar para as revistas cor de rosa. 
Vontando atrás, esquecem que essas mesmas percepções mutiladas de realidades estrangeiras idealizadas, seja à esquerda como a uma suposta direita que não o é (falo dos liberalóides), estão na raiz do nosso problema. Essa fuga da realidade, facilmente verificável no discurso dominante das academiazecas, restringe o debate a citações de autores consagrados e a uma espécie de pensamento circular que só se mantém de pé graças à omissão dos factos históricos e da própria realidade. Quando vejo o abuso das citações, especialmente quando não são ligadas ao mundo concreto mas apenas proferidas como sentenças divinas, e o chamado name droping, já sei que estou diante de um desses cromos.
No caso dos tais "liberais monárquicos", para não perder a linha de raciocínio, nunca se admite que o experimento liberal foi um falhanço completo e levou à queda da monarquia, afinal, ou o rei era obrigado a ficar de bem com os partidos e de mal com o povo para se sustentar naquela posição diminuta, ou tentava ser rei e passava a ter os partidos, que nada mais eram do que instrumentos dos poderosos, contra si, num contexto onde o povo foi totalmente atomizado graças à centralização levada a cabo em nome do liberalismo e da sua alucinada doutrina de soberania.
A desculpa é sempre a mesma: mas o que havia não era um liberalismo de facto pois... Tal e qual a conversinha dos meninos do bloco quando confrontados com a experiência histórica do comunismo, destinada a nos fazer crer que Estaline, Mao e Pol Pot não eram verdadeiros comunistas.
Estranhamente, o padrão verificado nos liberais  do século XIX se repete hoje por toda a parte. São todos defensores de uma tal de liberdade e de um estado pequeno, mas quando vêem uma teta estatal, nunca perdem a oportunidade de também mamar o sangue do contribuinte. Basta ver a carreira dos blasfemos...
Mas aos poucos os verdadeiros monárquicos vão abrindo os olhos dos mais ingénuos, mostrando para eles o que foi a verdadeira monarquia portuguesa, antes da intoxicação pelo absolutismo, e demonstrando com factos uma coisa que todos deviam saber: não é possível servir a dois senhores.
Quanto a esta última observação, a faço pois há muitos nessa categoria que propagam ideias estrangeiradas não por inconsciência, mas para lançar confusão e tornar qualquer possibilidade de restauração da monarquia numa tentativa inócua de restaurar Portugal.

Um abraço.    
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De Cristina Ribeiro a 19.04.2013 às 20:30

Foi isso mesmo que pensei quando comecei a ler este texto, Carlos, e logo senti a obrigação de pôr aqui estas palavras de Hipólito: estou convencida de que muitos dos que se dizem monárquicos apenas gostam de histórias de príncipes e princesas. Definitivamente, não é disso que se trata! Ler os Mestres é, pois, fundamental.


Abraço.
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De Augusto Canedo a 20.04.2013 às 05:20

Possuo uma vasta biblioteca integralista. Livros que se poderiam fotocopiar e dar a conhecer.
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De Cristina Ribeiro a 21.04.2013 às 20:08

Podemos fazer um intercâmbio, Augusto. O meu Pai também fez uma boa recolha, que nos legou.

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