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...“na História de Portugal não há nenhuma mulher com a dimensão de Maria Eugénia Neto”.
Em poucas palavras, a polémica(zinha) gira em torno de um sujeito que dava pelo nome de Neto e que foi em devido tempo abatido aos efectivos da Internacional pelos perigosamente zelosos serviços de saúde da URSS. Portuguesmente falando, "limparam-lhe o sebo", numa exacta cópia daquilo que prodigalizaram ao argelino Houari Boumedienne. É o que se diz em Luanda.
Antes de Abril de 1974, Neto viu a sua organização tornar-se num ridículo grupúsculo sem qualquer importância e precisamente por isso, os seus tutores de Moscovo preparavam-se para lhe retirar o apoio. No terreno, os pérfidos portugueses tinham vencido a guerra, liquidado a FNLA, colonizado a UNITA e quanto ao MPLA, reduziram o conflito à dimensão de meras patrulhas de manutenção da segurança das fronteiras. Já após o desastre que vitimaria milhões em menos de quinze anos, aconteceu um daqueles típicos ajustes de contas entre camaradas - o bom exemplo de 1936 estava apenas a quatro décadas de distância - e num ápice, foram eliminados mais de trinta mil "divisionistas". O dó e a piedade também não contaram nesta espécie de reedição dos Processos de Moscovo e esta é uma verdade pesada, absoluta. Tal não significa que o Nito Alves ou a Cita Vales fossem grandes peças a considerar ou bípedes merecedores de pranto, mas também não valerá a pena negar aquilo que Angola inteira - do Congo ao Cunene - muito bem sabe.
Talvez fosse positivo ficarmos a saber algo acerca desta "heroína dos trópicos". Quem é? Será mais uma espécie de Jinga-windeck? A verdade é que jamais tinha ouvido falar na dita senhora.