Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Saíramos de Braga com um ventozinho, é verdade, e tinha ouvido que vinha aí " uma frente polar " e com ela uma vaga de frio, de muito frio, pelo que até íamos preparados para o enfrentar. Mas, mesmo assim, não a esperávamos, não no último fim-de-semana de Abril. É certo, também, que quanto mais nos aproximávamos das terras altas mais negras víamos as nuvens e quando fomos almoçar naquele restaurante junto ao castelo começámos a sentir uma baixa acentuada da temperatura.
Ainda no concelho de Montalegre, seguimos para Tourém; lá perguntaríamos o caminho para a agora espanhola Rubiás, outrora um microestado, espécie de terra de ninguém, o Couto Misto encravado entre Portugal e Espanha, até que, pelo Tratado de Lisboa de 1864, foi integrado no município galego de Calvos de Randin.
E foi precisamente na aldeia de Randin, já na província de Ourense, que começou a cair, primeiro " leve, levemente ", depois nem tanto assim. Rapidamente se formou à nossa volta um lençol branco que nos fez adiar a busca do antigo Couto para tempos mais propícios a explorações pedestres.
Regressávamos à cidade de Montalegre, repetindo-se o mesmo cenário branco por toda a serra.
Na cidade o frio continuava a ser muito, mas só voltámos a reencontrar a neve na belíssima e típica aldeia de Padroso.
Na mala vinha o pretexto para voltar a terras de Barroso.