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Saíramos de Braga com um ventozinho, é verdade, e tinha ouvido que vinha aí " uma frente polar " e com ela uma vaga de frio, de muito frio, pelo que até íamos preparados para o enfrentar. Mas, mesmo assim, não a esperávamos, não no último fim-de-semana de Abril. É certo, também, que quanto mais nos aproximávamos das terras altas mais negras víamos as nuvens e quando fomos almoçar naquele restaurante junto ao castelo começámos a sentir uma baixa acentuada da temperatura.
Ainda no concelho de Montalegre, seguimos para Tourém; lá perguntaríamos o caminho para a agora espanhola Rubiás, outrora um microestado, espécie de terra de ninguém, o Couto Misto encravado entre Portugal e Espanha, até que, pelo Tratado de Lisboa de 1864, foi integrado no município galego de Calvos de Randin.
E foi precisamente na aldeia de Randin, já na província de Ourense, que começou a cair, primeiro " leve, levemente ", depois nem tanto assim. Rapidamente se formou à nossa volta um lençol branco que nos fez adiar a busca do antigo Couto para tempos mais propícios a explorações pedestres.
Regressávamos à cidade de Montalegre, repetindo-se o mesmo cenário branco por toda a serra.
Na cidade o frio continuava a ser muito, mas só voltámos a reencontrar a neve na belíssima e típica aldeia de Padroso.
Na mala vinha o pretexto para voltar a terras de Barroso.

publicado às 23:56


4 comentários

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De Duarte Meira a 29.04.2013 às 19:50


"Terras de ninguém" não é bem: eram três povoados - Rubiás, Santiago e Meãos (ou Meaus) - onde portugueses e galegos viviam juntos, podendo os chefes de família, quando do casamento, optar pela nacionalidade política que cada um quisesse. Em suma, foi, até ao séc. XIX, a imagem viva do que que Portugal e a Galiza podiam naturalmente ter sido, se não fossem os azares das conjunturas políticas e a miserável despiques como aquele das "primazias" entre Braga e Compostela.

A miséria  prolonga-se até hoje, com os empecilhos que os pequenos políticos portugueses têm posto do nosso lado (por medo de incómodos diplomáticos com Castela) à participação plena da Galiza na CPLP. Entretanto, do lado de lá, prosseguem com iniciativas como esta, do mês passado:

http://observatorio-lp.sapo.pt/pt/noticias/proposta-de-lei-para-aproveitar-lingua-portuguesa-admitida-no-parlamento-galego (http://http://observatorio-lp.sapo.pt/pt/noticias/proposta-de-lei-para-aproveitar-lingua-portuguesa-admitida-no-parlamento-galego)
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De Cristina Ribeiro a 29.04.2013 às 20:43

Assim vale a pena! Obrigada por partilhar, Duarte.

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