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Apesar dos próprios erros cometidos e de um bem concertado ataque que não tem precedentes - extremistas, autonomistas que sonham com coutadas para certas elites políticas e financeiras, desastres familiares e interesses estrangeiros -, a Coroa espanhola reage em tempos de profunda crise. Conhecendo-se o talante "segue em frente" de D. João Carlos, não é esta uma altura para seguir o exemplo daquilo que recentemente aconteceu na Holanda. O Rei não pode, não deve e é certo que não irá abdicar nas condições em que a Espanha actualmente se encontra. Antes pelo contrário, fará o que lhe compete e que exige de si próprio, transmitindo uma mensagem de confiança, de transparência nas contas, do primado da Lei. Garantirá a continuidade.
Aproveitando as atribuições conferidas pela Constituição e superando os problemas de saúde, D. João Carlos intervirá junto das forças políticas e económicas, propiciando os necessários acordos que ajudem a reduzir o desemprego, "desenhando estratégias e elaborando planos, intensificando o seu papel de árbitro e moderador e os contactos com os sectores políticos, sociais e da cidadania". Em suma, a Coroa está decidida a "promover pactos, acordos e consensos, sempre na mais estrita neutralidade e acima dos interesses particulares, de siglas ou ideologias".
Cavaco Silva - seguindo exemplarmente os seus dois antecessores -, ainda não aprendeu grande coisa.