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Moçambique

por Nuno Castelo-Branco, em 08.05.13

Na recruta, em Boane (Distrito de Lourenço Marques, Moçambique, 1954) o meu pai brincando com uma metralhadora. Poderá o João Quaresma identificar esta arma? Parece ser uma MG alemã (?)

publicado às 15:00


11 comentários

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De Fernando Melro dos Santos a 08.05.2013 às 15:06

M1919 Browning?
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De Nuno Castelo-Branco a 08.05.2013 às 15:41

Sinceramente, não sei. Nos arsenais contavam-se armas checas, inglesas, alemãs  e sei lá eu que mais. O João Quaresma é capaz de saber do que se trata.
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De Carlos Velasco a 08.05.2013 às 16:49

Caro Nuno,

Me parece uma versão da MG-34 ou da MG-42. Só um tipo que conhece as variantes compradas pelo exército português é que vai chegar lá.

Um abraço.
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De Carlos Velasco a 08.05.2013 às 16:56

Verifiquei com atenção e dá para descartar a MG-42.
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De André Chambel a 08.05.2013 às 16:53

Não é uma MG alemã, nem uma Browning1919.

É uma Madsen Mod.1940.
Era uma arma de fabrico dinamarquês, usada pelo Exército Português até aos fins da década de 1960.
Não é identificável à primeira vista porque a sua característica mais visível era ter um carregador curvo na parte superior (tipo Bren).
Aliás é indicativa desta característica a posição lateral do ponto de mira perto da boca de fogo.
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De Nuno Castelo-Branco a 08.05.2013 às 17:28

Quem sabe, sabe! Obrigado, André. Essas Madsen fizeram parte do lote de "armas de cavalaria" compradas nos anos 30?
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De André Chambel a 08.05.2013 às 17:42

Nos anos trinta foi adquirido de um modelo anterior M/22 se não estou em erro.
Mas esta será de um lote adquirido em 1941 - Modelo 1940.

Estas armas foram adquiridas para a Arma de Cavalaria, tanto que a sua principal utilização era de proporcionar armamento provisório às autometralhadoras Daimler Dingo do Exército Português.
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De João Quaresma a 08.05.2013 às 19:07

Bem visto, André Chambel. É uma Madsen, que para os padrões da altura era uma metralhadora ligeira (podia ser desmontada e levada às costas). Nesta altura havia uma variedade enorme de armas, devido às aquisições em diferentes alturas. Além das Madsen, as outras metralhadoras ligeiras em serviço eram as MG-34, MG-42, Dreyse, Brno, Bren. As Browning M1919, presumo que nessa altura ainda não eram usadas em África. As Lewis provavelmente ainda em estavam também em serviço nos anos 50. Se até as Kropatschek do Mousinho de Albuquerque chegaram aos anos 60...
Até à pouco tempo, a Polícia brasileira ainda usava Madsens em combate contra os traficantes.
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De Nuno Castelo-Branco a 08.05.2013 às 19:22

Pelo que vi no telejornal da uma, a polícia brasileira agora usa helicópteros ;) Qual Hollywood qual quê...


Mais acima, deixei mais uma das minhas infinitas gralhas. Queria dizer "anos 40" e não anos 30. Lembro-me vagamente de ter lido que Portugal comprou essas armas à Dinamarca por altura da ocupação alemã. O mesmo fez na Alemanha, procurando canhões. O que lhes aconteceu - alguns são bem raros, mereciam estar expostos num museu, jardins, etc -, não sei. 
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De João Quaresma a 08.05.2013 às 23:08

Na sequência da Guerra Civil de Espanha, e para a eventualidade (na altura provável) de alastramento a Portugal, e depois durante a Guerra, comprámos armamento à Alemanha e Itália por várias razões: primeiro porque a Inglaterra (fornecedor habitual) estava em fase de rearmamento e não estava disponível para nos vender, segundo porque a Itália e a Alemanha (que estavam disponíveis) tinham armamento com experiência comprovada na Guerra de Espanha, terceiro por facilidades de pagamento, e quarto para não depender exclusivamente dos ingleses. E assim se foi comprando armamento de muita qualidade, escolhendo algo do melhor que havia em vários países. Tivémos o famoso canhão Krupp 88mm, os Junkers 52, e muitos canhões de montanha italianos. Mas também pistolas-metralhadoras Steyr austríacas, e as Madsen dinamarquesas. No início dos anos 30, Portugal também esteve para se equipar com caças polacos. Já em 1939, em que era claro que Portugal alinharia pela Inglaterra, tentou-se comprar armamento aos ingleses, mas estes sempre colocando grandes dificuldades.


O problema no meio disto foi ser muito difícil padronizar, e além disso a produção própria foi preterida quer por pressa, quer por menor risco. Estávamos demasiado dependentes das importações.

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