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Um zumzum de que este ano não haveria Feira do Livro no Porto. E lembro as minhas primeiras visitas, quase sempre debaixo de fortes chuvadas, porque " fraco é o Maio que não rompe uma croça ".
Hoje já o fascínio pela feira deu lugar ao fascínio da livraria, mas não foi sempre assim.
Durante anos, a do Porto foi a única que conheci.
Era uma festa quando, no mês de Maio, e sempre num domingo à tarde, o meu pai anunciava: - "vamos à Feira do Livro". Numa rotunda da Boavista encharcada tínhamos diante de nós a promessa de trazer um livro mais para casa. O primeiro que de lá trouxe foi-me oferecido por um senhor de uma Editora, que me deu a escolher entre dois livros verdes e grandes: «Heidi» e «O Gnomo»- optei por este, mas lembro-me de, depois, ter pensado que tinha escolhido mal...
Seguiram-se , noutros anos, os livros azuis da Condessa de Ségur: »Memórias de um Burro» para mim, «Os Desastres de Sofia» para a minha irmã.
Só muito mais tarde iria conhecer a do Parque Eduardo VII.