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1) O Benfica perdeu em todas as frentes. Deixou escapar o Porto do soba desbocado que desmanda há mais de 30 anos um clube estalinizado, e claudicou frente ao exército de rublos instalado em Londres. A aura jesuítica esmoreceu, mas o fervor de quem acredita na vitória final mantém-se. Afinal de contas, o campeonato só termina nesta semana. E se há algo que caracteriza o futebol é a constância do milagre.
2) O CDS deu o dito por não dito. O diz-que-disse já não funciona. Ou sim ou sopas. Quando se diz que "O CDS aceitou que, excepcionalmente, pudesse vir a ser considerada a introdução de uma contribuição de sustentabilidade sobre as pensões" é certo que a credibilidade arduamente granjeada ao longo de um penoso e dificílimo exercício de governação austerista tenderá a perder-se mais facilmente. O CDS afirmou pela boca do seu presidente, Dr. Paulo Portas, que não aceitava a nova contribuição dos reformados, porém, alguns dias depois, ao arrepio do que tinha sido afirmado e garantido, o partido protagonizou um volte-face pouco abonatório. Sejamos claros: na governação não há espaço para meias-tintas: ou sim ou não. Agora, apostar continuamente no nim, enquanto arma de arremesso político, só levará a que os eleitores percam a paciência, e o partido seja dizimado em futuros actos eleitorais. Parem, escutem e olhem.
3) A co-adopção de crianças por casais homossexuais. Sim, o nosso Parlamento aprovou esta aberração legislativa. Escuso sequer de mencionar e enfatizar os efeitos altamente destrutivos desta bomba de hidrogénio social. A matriz identitária do país foi, hoje, mais uma vez severamente abalada, sem que ninguém se tenha insurgido contra este estado de coisas. Já o disse noutros fóruns e volto a repetir neste blogue o seguinte: respeito a orientação sexual de cada um, mas, por favor, não destruam com a vossa sanha pós-moderninha, prenhe de ódio e de complexos pseudo-freudianos, tradições seculares que demoraram anos a serem buriladas. Faz falta um conservadorismo à altura deste descambar do Ocidente traumatizado por homúnculos que vivem do e para o presente sem perspectivas. Triste mundo. Triste gente.