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Dizem eles que Seguro vai de partido em partido em busca do consenso e do crescimento. Cá para mim dá ares de outra graça que não tem piada nenhuma. Aliás, é tão caricato que nem chega a ser cómico, mas aparenta qualquer coisa de trágico. No meu entender, como a sua cabeça não é capaz de pensar uma para a cesta, resta-lhe ir bater à porta dos outros para ver se a sopa de pedra se compõe. Como afirma que vai quebrar o gelo, devemos concluir que as soluções de governação estão há muito tempo congeladas na arca frigorífica e que o brilhantismo de Seguro apenas se irá revelar quando o actual governo derreter por completo e ele chegar ao poder. Para além disso, penso que Seguro não quer apenas o governo de Portugal. Deseja um dois em um ou algo que ainda não tem um DNA definido. O consenso, ou a pretensão ecuménica que gira em torno de um abraço alargado aos diferentes actores políticos, parece uma versão B de um governo de salvação nacional. Pelos vistos, se falhar São Bento, poderá sempre se sugerir para Belém enquanto representante de todos os Portugueses (menos os laranjas). Sabemos que os pedidos para reunir com os prospectivos parceiros foram enviados por correio electrónico (já está a funcionar) e que provavelmente as receitas para o crescimento possam ser devolvidas pela mesma via. A pergunta que Seguro coloca aos outros nem precisa de palavras para se entender. O lider do partido socialista estende a mão para que lhe ofereçam umas ideias para o crescimento da economia, outras para o emprego, e se sobrarem algumas, para o próprio consenso que serve neste caso para levar e lavar as soluções pensadas por outros. Uma especie de plágio de amigo político ou compincha sindical, de Peniche. Se Seguro não é capaz de conceber um plano integrado de crescimento, como pode aspirar a ser chefe de governo? Seguro parece ter boa vontade, mas falta-lhe tanto para inspirar competência. Diz ele que o país fica e os políticos passam, mas eu não sei se é bem assim. No meu juízo os políticos não arredam pé e o país vai-se "passando" com a residência permanente de ex-governantes. Quando ele tiver esse consenso que tanto deseja o que fará? Será que leva esses partidos e sindicatos todos para o poder? Ou será que vai bater à porta dos que ele afirma terem vendido a alma à direita. Veremos o que irá acontecer a este quebra-cabeça. Quebra-gelo.