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Evitando o espúrio e embaraçoso caso perdido da Guiné, ele fala de um camarada internacionalista e sem dar conta do frete, involuntariamente acaba por bater palmas a Salazar, justificando a guerra portuguesa em África. O colaboracionista do sr. Balsemão deveria questionar-se acerca da forma como o partido de José Eduardo dos Santos chegou ao poder e mais importante ainda, quem de mão beijada lhe ofereceu a mina para garimpar. Em 1974 já tinham sido desfolhados quase vinte anos de terríveis estragos provocados pelos ventos da história e pelas brutais provas dadas no terreno, todos sabiam que os alegados libertadores não eram gente de fiar.
A boca rota do costume, também ousa afirmar que..."Portugal não deixou, na sua miserável colonização, mais do que pobreza, ressentimento e quase nenhumas infra-estruturas".
Cidades perfeitamente organizadas, hospitais, escolas, portos e aeroportos mais modernos do que aqueles que a Metrópole apresentava, pontes, caminhos de ferro, minas, todo o tipo de serviços estatais, correios, telefones, estradas de lés a lés, transportes aéreos, marítimos e terrestres, nada disto serão as infra-estruturas que impressionaram Julius Nyerere aquando da sua visita a Moçambique e o ávido conquistador Fidel Castro que rapidamente saquearia Luanda.
Miserável, é esta descarada colonização a que o nosso país se sujeita, repleto de europeus arrogantemente mandões. Miserável, é esta destruição da economia, processo que conta com mais de três décadas de despautério. Miserável, é a corrupção generalizada que depende de um Estado que as avestruzes de sempre gostariam de ver ainda maior, mais tentacular. Miserável, é a perda da soberania num país sem fronteiras, sem moeda, sem alfândegas e sujeito aos interesses do ruinoso e mortífero continentalismo.
Também poderá ele ter a certeza que o temível ressentimento chegará, paradoxal e precisamente por via da hoje necessária assistência internacional. No entanto sobram as infraestruturas, concebidas, geridas e pagas como se sabe e beneficiando quem todos conhecem.
O homem é obrigado a "apresentar serviço enche colunas", mas nem sequer se dá ao trabalho de investigar qual era a situação de Angola na primavera europeia de 1974. Sem este estudo comparativo, a credibilidade deste DO "mete" dó.