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1) A burrice fmiesca resultou nisto. As Yields das OT a dez anos atingiram a módica taxa de 6,21%, depois de, em Maio, terem descido para um mínimo de 5,21%. O "altismo" voltou à carga.
2) A guerra entre o FMI e a Comissão Europeia estalou de vez. Mais grave ainda é saber que as hostilidades foram abertas por Olli Rehn, o capataz das atoardas.
3) O FMI abriu o jogo: admitiu, finalmente, que o regime imposto aos países de "programa" não funciona. O que tem a dizer a Comissão acerca disto? O austerismo funciona? As economias do sul progrediram sob a égide dos programas de resgate? Das duas, uma: ou mantém-se a linha acrítica que tem vindo a ser seguida desde o início da crise, ou faz-se uma autocrítica séria, corrigindo o que está errado. Claro que, com Olli Rehn metido ao barulho, é difícil acreditar na segunda hipótese.
4) A análise desta querela tem falhado num ponto essencial: os sócios não-europeus do FMI discordam desta política de resgate (China, Brasil e quejandos). O que está em causa não é apenas a resolução cabal do problema do euro, mas, também, a reforma da orgânica institucional do FMI. Os abalos que o FMI tem sofrido na sua credibilidade não são de molde a deixar descansado seja quem for. A reforma da instituição está na ordem do dia.
5) Gaspar tem muita piada. De facto, o ministro do confisco sabe como encantar as plateias com a sua veia humorística. Repare-se na singeleza desta frase: "não é verdade que o programa esteja a falhar". Claro que não. Os números do desemprego, o incremento das insolvências, os aumentos exponenciais da dívida e do défice, são meros acidentes de percurso. O que importa sublinhar é que o programa, devidamente modulado numa folha de Excel, está a funcionar. O país melhorou, e muito, nestes últimos dois anos. O novo homem está a caminho. A nova sociedade, expurgada dos seus males e vícios, está, finalmente, a desabrochar. Obrigado, caríssimo Vítor.