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saiu à liça mais este meu conterrâneo, oito séculos depois do outro, o que, com ela, fundou uma nação.
Filho de militar expulso do Exército por, em 1919, ter proclamado a Monarquia do Norte, Mário Saraiva é daqueles que saíram aos seus.
Aquando da publicação do seu primeiro livro, « Claro Dilema - Monarquia ou República », em 1944, revela esse espírito lutador, de quem, depois de pesar os argumentos dum e do outro lado, opta, esclarecida e convictamente, pela única alternativa realista e promissora do florescimento da nação que teve a sua terra natal como berço. Espírito desde logo saudado pelos Mestres Integralistas, como Hipólito Raposo ou Alberto de Monsaraz, integrando a nova geração desse movimento patriótico, ao lado de, por ex., Henrique Barrilaro Ruas.
Tal como decorre deste excerto:
" Foi um Rei, moço ainda, que numa tarde vitoriosa de batalha,à sombra protectora do nosso maior castelo, fez nascer Portugal.
A sua espada e a espada dos seus filhos, outros Reis, engrandeceram-no.
Numa batalha contínua, em combates ora a Norte, ora a Sul, ora a Leste, só o mar os deixava sossegar do seu lado, como se já temesse o génio português, como se já adivinhasse que haveria de ser o seu grande vencido.
Nesta orla peninsular talhou-se uma Nação, e quem a talhou foram as próprias espadas dos seus Reis, que eram os primeiros entre os seus homens de armas ( ... )
A manifesta identidade de « Monarquia » e « Pátria » através da história portuguesa, o papel único que aquela desempenhou na fundação desta, encontraram uma síntese admirável na pena inspirada de António Sardinha: « sem ela ( Monarquia ) sem a sua decisão eficaz e rápida, o irridentismo do condado portucalense jamais iria além das debilitadas reinvidicações regionalistas da Galiza actual » "