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(foto daqui)
Carl Schmitt, "Democracia e parlamentarismo", in Diogo Pires Aurélio (coord.), Representação Política - Textos Clássicos:
«Que o parlamento, de facto, possua politicamente a capacidade de formar um escol político, é algo que se tornou muito duvidoso. Hoje já não se pensa tão esperançosamente sobre este instrumento de selecção; muitos são os que já consideram estas esperanças como obsoletas, e a palavra «ilusões», que Thoma utiliza contra Guizot, pode facilmente atingir também aqueles democratas alemães. Aquilo que os inúmeros parlamentos dos diferentes estados europeus e extra-europeus produziram ininterruptamente como escol político, entre centenas de ministros, não justifica um grande optimismo. Mas, pior ainda e quase aniquilador daquelas esperanças, em vários estados, o parlamentarismo já atingiu o ponto em que todos os negócios públicos se transformam em objectos de presa e compromisso dos partidos e dos respectivos séquitos, e a política, muito longe de ser assunto de um escol, tornou-se o negócio bastante desprezado de uma bastante desprezada classe de pessoas.»