por Pedro Fontela, em 02.07.08
Local: Entre as estações de metro do Saldanha e Cidade Universitária
Tempo: hoje, por volta das 20:00
Grupo de 3 rapazes armam barulho a viagem toda sem que ninguém diga nada, há um lugar livre e uma senhora dos seus 70 anos senta-se lá. Vendo uma das criaturas com os pés num assento chama-lhe a atenção (de forma neutra) que não deveria colocar os pés. É achincalhada e gozada de tal forma que acaba por mandar o tal marmanjo calar-se. É agredida pela personagem e a segurança do metro (uma senhora dos seus quarenta anos de 1,60m, com ar de que queria estar em todos os sítios menos naquele) eventualmente (e algum esforço foi necessário para convencer o pessoal do metro a agir…) lá retira os 3 da carruagem e convence a senhora agredida a continuar viagem sem apresentar queixa na polícia.
Perguntas que surgem:
1- Em que mundo vivem estes animais (e sim pessoas de menos de 20 anos que agridem um idoso de mais de 60 porque lhe chamou a atenção para uma falha sua são animais e não pessoas normais) que isto é considerado uma resposta social aceitável?
2- Em que mundo vive 90% das pessoas presentes na carruagem que não se insurgiram em nada contra a situação e só ficaram chateados por o metro se atrasar um pouco para tirar estes criminosos da carruagem?
3- A empresa do Metro de Lisboa não deveria ter sido a primeira a proteger decentemente a vítima e encorajá-la a apresentar queixa em ver de tentar proteger as suas preciosas estatísticas de crimes dentro dos transportes públicos?
4- Que raio de ideia é essa de meter uma senhora de meia idade desarmada como segurança contra 3 trogloditas?
Nota final: Um pedido a todos os utilizadores de transportes públicos de áreas urbanas, se presenciaram qualquer tipo episódio violento que não foi bem resolvido pelas entidades responsáveis por favor, pelo bem de todos os que usam os transportes, comuniquem isso a todas as entidades envolvidas, que deveriam ter estado envolvidas mas não estiveram e qualquer entidade que consigam lembrar-se de protecção ao cidadão. Se não nos protegermos uns aos outros ninguém o fará!