Até Terça, calma lá. Aqui há um facho que vai trabalhar na Segunda. A não ser que haja piquete de greve à porta da escola e me enxertem a valer, como se deve fazer aos fachos fura-greves.
Imagino que o João não será um professor muito popular nas escolas por onde tem passado, uma vez que parece fazer questão de assumir publicamente as suas tendencias neo fascistas. Num mundo como o dos professores, em que grande parte das pessoas são do PCP, do BE ou de partidos ainda mais à esquerda, e o resto é gente de esquerda sem partido, não deve ser fácil ser-se da ala mussoliniana do PNR!
Não sou popular, mas não ando aqui a participar em concursos de popularidade. Uma coisa sei: nunca usei uma aula para tentar influenciar alunos relativamente às minhas crenças, sejam elas ideológicas, religiosas ou outras. Já me tentaram lixar, mas não conseguiram, precisamente por isso mesmo, porque sempre soube separar as coisas. O resto, mostra-o a boa relação que sempre tive com os alunos, nunca nenhum se queixou de discriminações, já tive alunas da JCP e do Bloco e quando o mereceram tiveram 17, 18 ou o que fosse. Quanto ao PNR, já fui militante mas já não sou. E não, não sou fascista. Eles, coitados, é que me chamam isso porque não lhes cabe na cabeça a heterodoxia. Eu admito certas coisas no fascismo italiano, mas também concordo com boa parte da visão liberal do mundo, por exemplo. Não posso é com comunistas disfarçados de democratas.