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Um país de loucos corporativos

por Nuno Castelo-Branco, em 17.06.13

Já há que tempos tinha entendido o porquê da prolongada vigência do Regime Corporativo da 2ª República. O país por ela formatado da esquerda à direita, gostou e quer, noutros moldes,  continuar na mesma.

 

Deixem-me tentar entender qualquer coisa mais. Os professores fizeram greve aos exames e estando outros testes marcados para 2 de Julho, ninguém garante que suas excelências não decidam outra paralização exactamente para esse dia e com alguma pouca sorte, por aí fora, verão abaixo. Os alunos que pretendiam ir a exame e não o conseguiram devido à greve, invadiram as salas onde os seus colegas estavam a prestar provas. Se queriam mesmo ir a exame, o que terão dito aos professores em greve? Nada lhes ocorreu? 

 

Cá fora desataram a berrar a Grândola e, vá lá por esta vez, A Portuguesa. O texto do Público é tão confuso como a situação:

 

Esperemos que os exames não sejam considerados. Se houve alunos que os puderam fazer e outros não, têm que ser anulados”, reclamava, apelando à “equidade”.


Como assim?


"Na escola de Maximinos, todos os alunos realizaram a prova porque havia professores suficientes para vigiar as seis salas de aula onde foram feitos os exames. Mas os docentes foram recebidos com “assobios e apupos” pelos alunos, conta fonte da direcção."


Afinal queriam ou não queriam ir a exame? 


"Francisco diz “compreender” as razões da greve dos professores, ainda que se sinta “prejudicado” pela decisão de fazer greve nesta segunda-feira. “Já tinham feito greve às reuniões de avaliação”, comenta, sugerindo que o protesto talvez pudesse ter ficado por essa acção.

A sua colega de turma Beatriz Simões teve sorte diferente e foi uma das estudantes da maior escola de Braga a realizar a prova de Português. Agora encara a possibilidade desta ser anulada em resultado da greve. A brincar, diz que só terá uma opinião sobre essa hipótese “quando souber a nota” da prova. Mas acaba por reconhecer que essa talvez seja a melhor solução para resolver o problema, ainda que espere “poder ficar com a melhor nota das duas”.

 

Credo...


 Esta deve ser mais uma daquelas originalidades ao estilo da actual preocupação de Jerónimo de Sousa, muito aflito pela longínqua hipótese de as eleições autárquicas "poderem" realizar-se  a 13 de Outubro, uma grave ofensa aos católicos que querem ir em peregrinação a Fátima! Aqui temos um PC mais papista que S.S. o Papa. 

 

Ou tudo isto não passa de mais um episódio da guerrilha política em curso, ou então, a loucura definitivamente prevaleceu. 

publicado às 16:07







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